quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Dias.

Tem dias que me vejo lutando contra monstros e raros são os dias de vitória.
Tem dias que me vejo combatendo leões ferozes e muitos são os dias que tenho que me livrar das suas garras cravadas em minha pele.
Tem dias sim, de calmaria que me vejo na sombra de coqueiros analisando furtivamente a paisagem bela ou nadando em um mar azul imenso onde mergulho até o fundo e nunca me afogo, pois o azul, a água, a calmaria me é agradável.
Tem dias, como o de hoje que tenho que lutar e perder lutar e ganhar, lutar e desistir e me sentir grata por isso, por, mas que meu suor escorra de cansaço e meu corpo não agüente mais lutar contra o desejo, é ser alegre por ao menos conseguir imaginar que eu tive dias onde eu fracassei, ganhei, senti alegria, decepção, tristeza, ódio ou simplesmente deixei os olhos fecharem e deixarei cair sobre meus olhos as areias do tempo escoadas da ampulheta milenar das datas, e que também a simples esperança de que mais dias de luta e descanso serão cobradas de mim e pelo simples fato de ser feliz hoje, sem pensar no ontem ou no amanhã, e ver que a pergunta que eu temia nunca ser respondida, aquela pergunta que todo mundo internamente se faz, vale a pena estar viva? E a resposta pra mim é ouvir a cada manhã o meu celular me acordando e sentir preguiça de tudo, ouvir o dia me chamando e afirmando sempre que sim! Vale a pena estar vivo nem que seja para morrer amanhã.


A morte saiu a rua em um dia assim, como este em que vivemos.
A vida saiu a rua em um dia assim como este em que decidi morrer.

domingo, 5 de setembro de 2010

Rotina.

Meus dias sempre começam a noite, a cabeça a mil por hora, parece que ela iventa de funcionar bem quando eu quero dormir, nunca consigo dormir na hora, paro e leio um livro qualquer de prache uso meu cérebro mais que muita gente de casa, infelizmente que seja pra coisas erradas, leio e me distraio, e o meu companheiro de noite o meu cigarro se queima devagar enquanto termino um capítulo ou outro do livro, sempre olho ao redor e tá tudo no mesmo lugar, a estante de livros que me orgulho de possuir, os quadros que pintei, os poster's, os quadradinhos dos beatles, os Cds os Dvs esse quarto azul fundo do mar, já teve dias melhores de verão, o calor me alcança levanto, vou no banheiro ligo o chuveiro e deixo que a água escorra pelo meu rosto, olho em câmera lenta os pingos caindo em direção ao ralo, espero a minha cabeça parar de tentar falar comigo, mas paro em um subto e percebo que vejo um filme através da íris, fico por um tempo maior do que percebo ali a água caindo e o filme a me fazer prestar atenção na parede branca a frente, volto pro quarto deito de bruços na cama, pra tentar calar a boca do pensamento nunca dá certo sinto a coluna a me dizer que tenho que relaxar mais, paro para reparar quantas partes do meu corpo conversam comigo hahahaha, rio da minha própria piada olho algumas recordações guardadas em um livro, algumas lágrimas silenciosas caem, deixo elas irem pra onde quiserem, não tenho vergonha ali é um lugar meu, o meu lugar, penso, penso, penso, penso e pruff apago e acordo com o Bad Romance no ouvido, o despertador, estágio, escola, amigos, quarto azul e tudo recomeça, é a rotina.
 

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