Tem dias que me vejo lutando contra monstros e raros são os dias de vitória.
Tem dias que me vejo combatendo leões ferozes e muitos são os dias que tenho que me livrar das suas garras cravadas em minha pele.
Tem dias sim, de calmaria que me vejo na sombra de coqueiros analisando furtivamente a paisagem bela ou nadando em um mar azul imenso onde mergulho até o fundo e nunca me afogo, pois o azul, a água, a calmaria me é agradável.
Tem dias, como o de hoje que tenho que lutar e perder lutar e ganhar, lutar e desistir e me sentir grata por isso, por, mas que meu suor escorra de cansaço e meu corpo não agüente mais lutar contra o desejo, é ser alegre por ao menos conseguir imaginar que eu tive dias onde eu fracassei, ganhei, senti alegria, decepção, tristeza, ódio ou simplesmente deixei os olhos fecharem e deixarei cair sobre meus olhos as areias do tempo escoadas da ampulheta milenar das datas, e que também a simples esperança de que mais dias de luta e descanso serão cobradas de mim e pelo simples fato de ser feliz hoje, sem pensar no ontem ou no amanhã, e ver que a pergunta que eu temia nunca ser respondida, aquela pergunta que todo mundo internamente se faz, vale a pena estar viva? E a resposta pra mim é ouvir a cada manhã o meu celular me acordando e sentir preguiça de tudo, ouvir o dia me chamando e afirmando sempre que sim! Vale a pena estar vivo nem que seja para morrer amanhã.
A morte saiu a rua em um dia assim, como este em que vivemos.
A vida saiu a rua em um dia assim como este em que decidi morrer.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
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