sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Maçã e Paradoxos

Uma conversa entre amigas no pátio da escola.
- Como você consegue mentir tão bem assim?
- Risos, é o acaso, é o momento, é a intenção.
- Sabe um pouco de cuidado com isso não é assim tão mal.
- Por quê?
- A partir da hora que você anseia com muito custo uma maçã e quando você ganha se sente feliz não é?
- É, acho que sim! Onde você pretende chegar?
- Quando você dá a primeira mordida na maçã ela é deliciosa, a partir da quarta ou quinta mordida o seu gosto já começa a se adaptar a língua, ela acaba não se tornando tão esperada assim, na nona, décima ela já não tem mais sabor.
- Sim... E? Traduz por favor.
- Você quer que a maçã fique só pela ânsia, mas o que você não sabe é que ela já faz parte de você, ela já está dentro de você e por, mas que você queira muito mesmo outra maçã, aquela maçã já é uma parte sua entendeu?
- Bom... Não!
- É achei que essa séria a resposta. Então vamos mudar de assunto?
E a menina que criou a teoria das maçãs tira da sua bolsa uma maçã nova e morde, a quinta que consegui contar pelos restos no chão.



Nota Póstuma

Mas não vamos comparar humanos com maçãs, ou vamos?


terça-feira, 5 de outubro de 2010

Entre circos & saudade.

Uma ano destino, que você me pregou uma peça.
Um ano hoje que você me apresentou ao palhaço chamado amor e que como todo palhaço foi embora com o circo para outro lugar do mesmo jeito que chegou, envergonhado e curto como todas as doses de veneno colorido cujas garrafas eu tomei pra esquecer, cujo sorriso me foi tomado súbito e certeiro com uma simples partida em seu trailer, que tinha escrito ''Eu fui mais te levo comigo'', mais destino acho que ele não conseguiu manter a promessa de pra sempre me amar, mais eu o amo destino e escuto cada risada, aplausos e caretas até a última piada.
Piada essa que não foi nem um pouco engraçada destino ela dizia: Eu te levo comigo mais vou embora sem destino para um lugar chamado nunca.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Último ato.



- É culpa minha se você ainda gosta de mim?  Quis ter as mãos maiores para esconder todo o meu rosto e minha visão de ver você projeção pegando fogo e virando cinzas, como uma foto queimada pela brasa, mas ainda restava de ti metade, abri bem os olhos queria enfim ter a sua última visão, outra flecha cortava o ar, falastes mas palavras duras como está da  primeira linha mas não me deixei abater, tinha os pés fixos no chão o corpo pressionado contra a proteção acuada, demorei para a creditar e conclui que o fim era inevitável estavas com a tesoura na mão para cortar o laço, mas hesitavas então encorajei-te e enfim o corte foi concebido, olhei pela última vez  o seu rosto perto assim, respirei pela última vez o seu cheiro bom, não me causavas mas efeito então conclui que era assim, segui você mecanicamente, precisava buscar o que era meu, mas estava cansada de lutar, chegando reuni tudo ou quase tudo, mas cansada demais e desapontada demais, olhei o céu azul pela última vez , sentei na cadeira com o fone de ouvido para não te escutar, deixei que caísse algumas lágrimas mudas, mas não de tristeza de determinação em si, por fim, cochilei mal apoiada mas foi um sono, um sono de fim de tarde que não significa dormir em si era apenas para dar ao corpo uma parada merecida. Às 10 horas da manhã acordo, você tinha saído do quarto e eu aproveitei que estava ainda de calça, tirei sua camisa, vesti minha pólo, eu estava ainda de tênis, ótimo me poupava o trabalho, levantei de salto, sem lavar o rosto, sem escovar os dentes  e com um vazio pendendo dentro da bolsa. Porta fechada, arrisquei o q    ue  seria meu último grande discurso e me limitei a apenas uma frase, abre a porta, sem a palavra mágica não tinha tempo para educação, precisava ir embora, a cabeça a mil estava prestes a explodir, sai porta a fora o sol a bola vermelha e quente me cegava, tateei os óculos na bolsa coloquei, o ônibus demorou mais que o normal como que por escárnio , sabia que queria sair muito dali, uma chamada no celular, rezei para que não fosse você enfim era Agatha, foz voz de que estava tudo bem e chame ia para sair nessa mesma noite, ela topou ótimo, cheguei em casa com tudo destruído a  coluna, o pensamento, o coração, alguém me lembra que é o aniversario da minha mãe, ótimo o mundo explodindo dentro da minha cabeça por alguém que nem fez tanto assim por mim e eu esqueço do aniversário da minha mãe a mulher que fez tudo por mim, mas já estava ruim não ia estragar o dia dela, desejei tudo de bom e abri a cortina do meu quarto algo de tão seguro ali me puxou com força para dentro, e em segundos já estava em sono profundo, sonhei com alguém que usava máscara mas ambos tinha o seu rosto, um com cara de pretensão, e outra com a feição mas parecida com a que eu  estava acostumada , havia algo de mal nesses rostos, tanto no sonho quanto acordada e eu nunca havia percebido , eu perguntava porque tanto insistias a ser quem não ES? A utopia te serve tanto assim? E você nada falava, me estendia uma máscara  que eu dizia não sem pensar, acordei com um gosto de cigarro na boca, era só isso que eu tinha posto pra dentro há horas, fiquei pensando no sonho ao comer na mesa  você sendo outra pessoa mas malvada, mas no fundo ainda sendo você , e pela primeira vez eu quis ser outra pessoa e me juntar a você nessa sua torre de babel particular , e o seu retrato enfim pegou fogo por completo, terminei o café da manhã e peguei o melhor sorriso da gaveta , a vida me chamava como se já não bastasse e fui ao encontro dela , com vários outros sorrisos desses pintados a giz de cera para emergências. 

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Dias.

Tem dias que me vejo lutando contra monstros e raros são os dias de vitória.
Tem dias que me vejo combatendo leões ferozes e muitos são os dias que tenho que me livrar das suas garras cravadas em minha pele.
Tem dias sim, de calmaria que me vejo na sombra de coqueiros analisando furtivamente a paisagem bela ou nadando em um mar azul imenso onde mergulho até o fundo e nunca me afogo, pois o azul, a água, a calmaria me é agradável.
Tem dias, como o de hoje que tenho que lutar e perder lutar e ganhar, lutar e desistir e me sentir grata por isso, por, mas que meu suor escorra de cansaço e meu corpo não agüente mais lutar contra o desejo, é ser alegre por ao menos conseguir imaginar que eu tive dias onde eu fracassei, ganhei, senti alegria, decepção, tristeza, ódio ou simplesmente deixei os olhos fecharem e deixarei cair sobre meus olhos as areias do tempo escoadas da ampulheta milenar das datas, e que também a simples esperança de que mais dias de luta e descanso serão cobradas de mim e pelo simples fato de ser feliz hoje, sem pensar no ontem ou no amanhã, e ver que a pergunta que eu temia nunca ser respondida, aquela pergunta que todo mundo internamente se faz, vale a pena estar viva? E a resposta pra mim é ouvir a cada manhã o meu celular me acordando e sentir preguiça de tudo, ouvir o dia me chamando e afirmando sempre que sim! Vale a pena estar vivo nem que seja para morrer amanhã.


A morte saiu a rua em um dia assim, como este em que vivemos.
A vida saiu a rua em um dia assim como este em que decidi morrer.

domingo, 5 de setembro de 2010

Rotina.

Meus dias sempre começam a noite, a cabeça a mil por hora, parece que ela iventa de funcionar bem quando eu quero dormir, nunca consigo dormir na hora, paro e leio um livro qualquer de prache uso meu cérebro mais que muita gente de casa, infelizmente que seja pra coisas erradas, leio e me distraio, e o meu companheiro de noite o meu cigarro se queima devagar enquanto termino um capítulo ou outro do livro, sempre olho ao redor e tá tudo no mesmo lugar, a estante de livros que me orgulho de possuir, os quadros que pintei, os poster's, os quadradinhos dos beatles, os Cds os Dvs esse quarto azul fundo do mar, já teve dias melhores de verão, o calor me alcança levanto, vou no banheiro ligo o chuveiro e deixo que a água escorra pelo meu rosto, olho em câmera lenta os pingos caindo em direção ao ralo, espero a minha cabeça parar de tentar falar comigo, mas paro em um subto e percebo que vejo um filme através da íris, fico por um tempo maior do que percebo ali a água caindo e o filme a me fazer prestar atenção na parede branca a frente, volto pro quarto deito de bruços na cama, pra tentar calar a boca do pensamento nunca dá certo sinto a coluna a me dizer que tenho que relaxar mais, paro para reparar quantas partes do meu corpo conversam comigo hahahaha, rio da minha própria piada olho algumas recordações guardadas em um livro, algumas lágrimas silenciosas caem, deixo elas irem pra onde quiserem, não tenho vergonha ali é um lugar meu, o meu lugar, penso, penso, penso, penso e pruff apago e acordo com o Bad Romance no ouvido, o despertador, estágio, escola, amigos, quarto azul e tudo recomeça, é a rotina.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O filme.

Muitas pessoas não têm noção de tempo e sentimento, ele lutando por um motivo de ainda respirar, ela querendo respirar todo o ar do mundo.
Ele andou por vários atalhos errados, mas ainda assim determinadamente quis procurar e permanecer no caminho certo, ela andou pelos, mas curtos e parou nos botecos das esquinas e becos mais sujos que conseguiu encontrar pelo caminho, mesmo assim eles se cruzaram, não me pergunte como! Isso não é uma história que criei, ela criou vida por si só.
Ele há queria, ela também o queria, mas ele já havia encontrado seu motivo de ainda respirar, ela só pensava enquanto ar ainda havia para respirar, mas antes que dobrasse a primeira esquina o motivo de ele andar mais devagar era ela, mesmo sendo até que o caminho certo dele apontasse no horizonte. Ela só queria o ar dele, mesmo tendo todas as placas de lugares a sua frente para respirar, então um beijo aconteceu.
Um motivo, um ar, era aquele momento ali.
Aperto o pause e volto mais de uma vez à mesma cena, para enxergar o que de familiar ela parecia, eu? Não me importo mais, não quero, mas ver cenas como aquela você andando pela passarela até o avião e eu no vidro da janela do aeroporto, você vira para ver se ainda continuo lá talvez a última chance, e eu querendo quebrar o vidro da janela e te mostrar que eu ainda estou aqui, onde provavelmente nunca sairei você olha mais uma vez e dá as costas, um adeus tão vago lágrimas tão grossas caíram e ainda sim sinto sua falta, e tudo que me sobrou foi a minha vida quebrada, seus livros e o filme dos dois estranhos se conhecendo enfrente a uma locadora e percebendo o quanto já sabíamos um do outro sem mesmo nos conhecer-mos, mas a história não precisa acabar assim não é? Precisamos de um final feliz, é só isso que posso dar-nos.
Ele foi atrás do seu motivo bem longe, porém sorrindo porque sabe que alguém vai lembrá-lo e que pessoas como ele que procuram um motivo para respirar, para continuarem vivos e nunca encontram, ele um homem de sorte achou dois, um para amar e outro para recordar em dias ociosos, ela sorria porque mesmo tendo todo o ar do mundo, o mundo sempre estaria ali para quem quiser respirá-lo mas o ar dele, daquele momento era só dela e isso ninguém a tomaria e nunca se tornaria vulgar por era raro e era dela, algo para sempre lembrar, ambos sorrindo e era um sorriso igual, pois ninguém poderia ser feliz mais que eles naquele momento.
O filme acaba créditos, tiro o filme do aparelho de DVD e me deito para dormir, sorrindo sabendo que aquele filme, aquele beijo, aquela história, ninguém vai assistir, sentir ou ler além de mim.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Carta para Ana

Tu Ana, para quem não sorri seu sorriso.
Para que não simpatizei com o teu cortejo.
Tu que de mim, achavas vil.
Eu, Ana que me limitei a ser esnobe e que de mim só viu cara amarrada e lamentos de amores mil.
Ana, que de tantas já passaram no desenho do pensamento e desejo meu e que entre todas só tu Ana ficou.
Tu que de mim já viu sorrisos, lágrimas, sussurros, alegrias e tristezas.
Tu, Ana que ainda insistes em me fazer feliz quando a tua muralha desmorona.
Tu que é só mistério, escondido no doce do seu ser.
Tu que às vezes não sabes o que entender de mim Ana.
Tu que me proporcionou experiências e nunca, Ana nunca me pedisses nada em troca.
Para onde tu fores Ana guarda o que juntas fizemos, o que não fizemos e o que ainda pretendemos fazer.
Que de você Ana, levo todas as Anas da minha vida, mas na minha frente e ao meu lado só permitirei a ti Ana.
E quando achar que a maré é forte demais, que os ventos machucam e cortam e que a força é maior que a sua, lembre-se que mesmo que a nossa muralha caia, ainda temos Ana todo o horizonte para percorrer.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Eu ligo a minha câmera imaginária. Registro todos os movimentos. Penso como vou me lembrar disso até o fim dos meus dias. Pensando como a lembrança ainda é a melhor das máquinas fotográficas. Agora, cinematográficamente, eu gravo frame por frame na minha memória, expondo a luza e meus sentimentos, e projeto na minha retina as imagens que eu voltarei sempre a enxergar toda vez que sentir um dia nublado entre a ausência e o encontro da pessoa que, possívelmente, vai me causar mais falta e mais completude, ao mesmo tempo, na minha vida.


Nick Firewell Livro. Go

Passo - a - Passo

Sim, aqui eu vou mostrar o que eu gosto, o que eu conheço e eu mesma obviu ;D
não vou me limitar a um blog chato. por deus não.
Vai ter o que eu escrevo, o que meu amigos escrevem e os textos dos autores dos vários livros que já li.
há de vez em quando vai aparecer uns posts chamados O que eu deveria ter feito. coisas que eu realmente deveria ter feito nas várias situações da minha vida, algo além, uma coisa que a minha personalidade omissora não me deixou fazer, porém vocês nunca vão saber o que eu fiz na situação original, você me entenderam não é?
Perteito!

sábado, 14 de agosto de 2010

Avenida engarrafada chamada vida.

Conversando com alguém, soltei a seguinte frase que me espantou de primeira, não acreditei que eu tinha pronunciado tais palavras e que tais palavras tinha surtido um efeito de espanto em mim um sentimento até agora desconhecido pra mim, eu que sempre tive total sobriedade das palavras que eu falo, sei que impacto vai causar em mim e nas pessoas, qual sentimento ela vai causar nas pessoas ao ouvi-la, mas ao pronunciar um tal frase que direi a seguir eu me assustei com o impacto e a soma de sentimentos que ela causou em mim, a frase foi, ''Eu beijei a boca da mentira, de diferentes mentiras e todas elas tinham um gosto bom, e o melhor de tudo isso e sobrevivi de pé a todas elas''.
Sobrevivi sim, mais não sem machucados, não sem dor que até cheguei a pensar que não agüentaria mais tudo é só uma questão de tempo e de apego, creio que vou passar mais tempo assim, sozinha ao digitar palavras que vai virar textos que ninguém vai ler. É melhor do que ter o coração batendo rápido e com medo, ou queto e sem sabor, batendo apenas por bater é só prolongar os seus dias mais monótonos, ou fazer de tudo um carnaval, feriado, parque e porre é sempre bom ter um sorriso guardado pra emergências, fechar os olhos e esperar que as horas vão passando, o cheiro doce da troca das estações também, as belezas que ninguém enxerga fara com que você passe despreocupado e manso, nessa avenida engarrafada chamada vida.

Primeiro ato.

Há algo maior em apenas escrever, há algo maior do que apenas empunhar a caneta, em apenas apertar teclas, escrever é como abrir a torneira da sua cabeça, mas não deixar os seus pensamentos irem para o ralo do inútil, escrevo para tirar de mim as confusões da minha cabeça espantar de vez o monstro da burrice, ignorância, comodismo. Escrevo não por mim, nem por ninguém escrevo por minha sanidade, não gosto de nada bonito não é para se encaixar ao padrão de beleza, nem para tornar a vida mais agradável do que ela realmente parece ser, não é assim que eu vejo as letras penduradas em pregadores em um grande varal e escolher as mais extravagantes, coloridas, claras ou com purpurina, escolho palavras que me traduzem seja elas duras, amargas, sutis ou doces. Escrevo para tirar de mim amores, dores, sabores, sentimentos, sensações e tristezas. Para fazer escorrer o sangue, o prazer, me anestesiar de mim e do mundo, para dar vida as palavras que quando saem de mim instantaneamente morrem, vivem, criam asas ou simplesmente são esquecidas.
Espero que com isso eu mostre para que vim, e para o que fui mandada, tele transportada para o mundo das legendas, traduzir-me no que eu escrevo e exponho aqui, a luz e ao anonimato.
Começa aqui, mas adianto que não vai ser aqui que realmente acabará.
 

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