terça-feira, 5 de outubro de 2010

Entre circos & saudade.

Uma ano destino, que você me pregou uma peça.
Um ano hoje que você me apresentou ao palhaço chamado amor e que como todo palhaço foi embora com o circo para outro lugar do mesmo jeito que chegou, envergonhado e curto como todas as doses de veneno colorido cujas garrafas eu tomei pra esquecer, cujo sorriso me foi tomado súbito e certeiro com uma simples partida em seu trailer, que tinha escrito ''Eu fui mais te levo comigo'', mais destino acho que ele não conseguiu manter a promessa de pra sempre me amar, mais eu o amo destino e escuto cada risada, aplausos e caretas até a última piada.
Piada essa que não foi nem um pouco engraçada destino ela dizia: Eu te levo comigo mais vou embora sem destino para um lugar chamado nunca.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Último ato.



- É culpa minha se você ainda gosta de mim?  Quis ter as mãos maiores para esconder todo o meu rosto e minha visão de ver você projeção pegando fogo e virando cinzas, como uma foto queimada pela brasa, mas ainda restava de ti metade, abri bem os olhos queria enfim ter a sua última visão, outra flecha cortava o ar, falastes mas palavras duras como está da  primeira linha mas não me deixei abater, tinha os pés fixos no chão o corpo pressionado contra a proteção acuada, demorei para a creditar e conclui que o fim era inevitável estavas com a tesoura na mão para cortar o laço, mas hesitavas então encorajei-te e enfim o corte foi concebido, olhei pela última vez  o seu rosto perto assim, respirei pela última vez o seu cheiro bom, não me causavas mas efeito então conclui que era assim, segui você mecanicamente, precisava buscar o que era meu, mas estava cansada de lutar, chegando reuni tudo ou quase tudo, mas cansada demais e desapontada demais, olhei o céu azul pela última vez , sentei na cadeira com o fone de ouvido para não te escutar, deixei que caísse algumas lágrimas mudas, mas não de tristeza de determinação em si, por fim, cochilei mal apoiada mas foi um sono, um sono de fim de tarde que não significa dormir em si era apenas para dar ao corpo uma parada merecida. Às 10 horas da manhã acordo, você tinha saído do quarto e eu aproveitei que estava ainda de calça, tirei sua camisa, vesti minha pólo, eu estava ainda de tênis, ótimo me poupava o trabalho, levantei de salto, sem lavar o rosto, sem escovar os dentes  e com um vazio pendendo dentro da bolsa. Porta fechada, arrisquei o q    ue  seria meu último grande discurso e me limitei a apenas uma frase, abre a porta, sem a palavra mágica não tinha tempo para educação, precisava ir embora, a cabeça a mil estava prestes a explodir, sai porta a fora o sol a bola vermelha e quente me cegava, tateei os óculos na bolsa coloquei, o ônibus demorou mais que o normal como que por escárnio , sabia que queria sair muito dali, uma chamada no celular, rezei para que não fosse você enfim era Agatha, foz voz de que estava tudo bem e chame ia para sair nessa mesma noite, ela topou ótimo, cheguei em casa com tudo destruído a  coluna, o pensamento, o coração, alguém me lembra que é o aniversario da minha mãe, ótimo o mundo explodindo dentro da minha cabeça por alguém que nem fez tanto assim por mim e eu esqueço do aniversário da minha mãe a mulher que fez tudo por mim, mas já estava ruim não ia estragar o dia dela, desejei tudo de bom e abri a cortina do meu quarto algo de tão seguro ali me puxou com força para dentro, e em segundos já estava em sono profundo, sonhei com alguém que usava máscara mas ambos tinha o seu rosto, um com cara de pretensão, e outra com a feição mas parecida com a que eu  estava acostumada , havia algo de mal nesses rostos, tanto no sonho quanto acordada e eu nunca havia percebido , eu perguntava porque tanto insistias a ser quem não ES? A utopia te serve tanto assim? E você nada falava, me estendia uma máscara  que eu dizia não sem pensar, acordei com um gosto de cigarro na boca, era só isso que eu tinha posto pra dentro há horas, fiquei pensando no sonho ao comer na mesa  você sendo outra pessoa mas malvada, mas no fundo ainda sendo você , e pela primeira vez eu quis ser outra pessoa e me juntar a você nessa sua torre de babel particular , e o seu retrato enfim pegou fogo por completo, terminei o café da manhã e peguei o melhor sorriso da gaveta , a vida me chamava como se já não bastasse e fui ao encontro dela , com vários outros sorrisos desses pintados a giz de cera para emergências. 
 

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