sábado, 3 de dezembro de 2011

Seja o que for, não mude nunca.



Decidida dessa vez a não mais se entregar, decidida a por toda dor em prova, até onde aguentaria e se aguentaria, escolheu a que mais há agradou, não gostava de pensar em um ser humano como mercadoria mais era necessário quebrar todos os vínculos de algum tipo de piedade por essa raça falha, pensava com nojo que também pertencia a ela, uma pena ela que sempre prezou pelo intimo de si, agora deixava exposto à vitrine de outro ser escolhido a dedo, não teve vergonha, já tinha se entregado tantas vezes para pessoas de índole duvidosa e de personalidade cruel que se entregar só por desejo carnal era o de menos , é você que eu quero, disse com rispidez, você que hoje vai me abrir às portas para eu poder entrar nesse seu mundo sujo, tire a roupa e se exponha para mim agora, seja impessoal e não estou aqui pra conversa, só quero fingir tirar inocência de você como há tempos a minha foi tomada, explicou que era só uma coisa meio de fetiche mais não explicou que estaria disposta a tudo naquela noite, prendeu a mulher a beirada da cama, observou-a com um olhar de crítica, pele branca, seios fartos, e o cheiro? Incenso, cigarro, lavanda, pensou em como aquela mulher linda também poderia ter sentimentos como teve, espantou pra longe rapidamente o pensamento para não fazer com que desistisse, estava disposta, sim estava disposta a tudo repetia com rigidez, da bolsa que trouxe tirou uma faca, a mulher que até então fora paga pra ficar calada e deixar com que fizesse o que quisessem dela olhou-a fixamente o medo a deixando cada vez mais pálida, calma meu anjo disse diabolicamente, não te farei mal, só quero mostrar a minha faca ao seu corpo, pegou o copo de vinho da cadeira e tomou um belo gole, limpando as gotas que escorregava até o decote, chegou perto da mulher e a beijou com força, sentindo a boca da mulher a sua frente e o vinho adoçando o beijo, aquele que ela pensou que não sentiria nada, mais sentiu um arrepio sem aviso na nuca, e com a faca terminou de despir a mulher  a sua frente, agora olhando com mais atenção, uma veia sobressalente descia do seu pescoço até o começo do colo e fixada por ela e fixada por sua dor, quis fazer da sua a dela, e no rosto da mulher o medo cada vez mais ia se alargando e ela sorrindo olhou-a fixamente e disse, vou te fazer sangrar, sabe o que isso é? Sabe quanta dor vai sentir? Eu sei, eu miseravelmente sei, e deslizou a ponta da faca de bronze pela pele alva até conseguir fazer escorrer um fino fio de sangue e uma lágrima grossa, imediatamente se sentiu atraída a mulher, a pele, ao cheiro, ao sexo e a cada vez mais sentia o calor do querer subir até conseguir esquentar um pouco aquele seu pensamento e ação tão gelados, e sentiu o súbito do desejo há atrair até a pele e sem pensar passou a língua suavemente no ferimento que abriu, sentindo o gosto do sangue e o sal das lágrimas da mulher que até então estava desesperada pra se soltar, daqueles braços, daquele rancor que faiscava nesses olhos que tentavam há ferir, sentia pena, de si mesma por deixar isso acontecer e mais pena ainda de quem há queria machucar, mais ela não se deixou abater pelos puxões da outra mulher, ela queria e ela iria ter, era sua vez, dominar, se sentir dona de outra vida, machucar sem nenhuma culpa, segurou com força os braços da outra mulher e usou a língua pra terminar de limpar o fio fino de sangue que ainda restara, conseguiu descer até o umbigo e o seu próprio corpo fingindo despretensão, que não queria mais no fundo o desejo só aumentava de torna-la sua, voltou a apanhar a faca, agora passando entre as coxas e subindo viu mais outro fio fino de sangue a escorrer, era isso que ela queria motivos com a cor do vermelho pra chegar aonde queria, não ela não queria sexo, por dentro até sim, ela só queria brincar e machucar essa noite, ela só queria saber o gosto de deixar alguém ferido e com vontade e simplesmente virar as costas como se a outra mulher não existisse, como se não a causasse efeito, como toda a dor que ela conseguiu-a fazer sentir aliviasse a própria, a outra mulher gritou e implorou pra que há soltasse, e assim ela o fez, soltou-a e com um sorriso na cara a agarrou pela nuca, fez com que as mãos deslizassem até o sexo e com alguns movimentos conseguiu ver a outra mulher sucumbir aos desejos dela, só dela naquele momento, há pressionou contra a parede  e continuou a acaricia-la, o desespero no rosto da outra há dava um prazer, aquela conhecida mistura de medo, dor, desejo, que tanto já bateu sua porta nas piores e mais frias da madrugada e ela sozinha ou largada não conseguia saciar, mas agora podia e quando o rosto da outra mulher se transformou em um que de explosão de sensações ela simplesmente tirou a mão de onde estava, levou os dedos a boca sentiu o gosto doce da outra mulher, aquele gosto que ela tanto já estava habituada, apanhou a faca e a bolsa, bebeu o último gole de vinho e com um sorriso de canto de boca, abriu a porta e simplesmente foi, deixando a sua  vitima com o suor a escorrer e o rosto lavado de desespero interrompido, a porta nunca mais tornou a abrir, ela saiu mais mulher que qualquer uma naquele dia. 

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Palco para dois.






Primeiro ato: eles se conhecem, não se dão muito bem, mas se conhecem. Trocavam poucas palavras nos encontros inesperados. Mas, o destino tratou de mudar, os dois se tornaram amigos, melhores amigos, irmãos. Havia um elo tão forte entre eles que causava inveja em certos indivíduos.

Segundo ato: inseparáveis confidentes, assim seguiram. Até algo maior crescer em um deles, algo inexplicável, desconhecido para o tal. Entre medos e dúvidas, encorajado pelos amigos, ocorre uma declaração. O outro, confuso, esboça um NÃO! Pelo qual substituíra por um SIM, mas tarde.

Terceiro ato: o amor, tão lindo e reluzente, era algo novo para ambos. Os beijos quentes e os olhares penetrantes. Parecia não ter limites, parecia que sempre haveria algo para descobrir e explorar. Realizam o sonho de respirar sob o mesmo teto, de acordar lado a lado, todos os dias.

Último ato: destino cruel, nada parece como antes, tudo mudou. Não havia mais um intenso amor, nem beijos quentes, nem olhares penetrantes. Só havia desconfiança, egoísmo e desprezo. Chegou ao ponto de robôs serem mais atrativos do que os sentimentos. E tudo, aos poucos, perdia a graça. Até chegar ao estado da loucura, em que um deles coloca um grande e apertado colar no pescoço. O outro, ao chegar a casa, encontra o não mais amado, suspenso no ar, com o colar que ia do seu pescoço até o teto, ele não respirava.



Fecham-se as cortinas da vida.




Do meu lindo, Derek Schelling *-*

sábado, 5 de novembro de 2011

Negociando com o culpado.




Uma nuvem espessa me ronda, ameaça chover, ameaça afogar, mas sei nadar, agora sei, muita coisa agora virou neblina e me cega me faz andar até uma bifurcação, mas não consigo ver qual dos caminhos escolho, sei que um é pro bem e o outro me leva cegamente para dor e sorrindo ainda mais, crendo no caminho escuro que traço, pé ante pé e penso que o abismo não chega nunca, é tola eu que já cai em tantos abismos acreditar que o próximo seja inexistente, mas o que os olhos não vê o coração que já apanhou demais já acha que sente e sente certo, nunca errou esse meu coração sofrido, mas foi bobo o suficiente para acreditar mais uma vez então aguenta outra ferida, aguenta outro lamento, aguenta outra saudade, mais uma amigo cansado pra nossa coleção de desventuras, um dia você aprende e eu aprendo também a não apostar mais nesse jogo de azar, vicio seu em esperar o coringa e não conseguir fazer nem um par, aguenta aí, se desliga, vai passear, tire uma eternidade de férias e não volte a me incomodar, pago o seu salário, a comida, o aluguel, só quero de ti sossego, batidas quase inaudíveis e menos dores e saudades e só, se aceitar a oferta, me deixe dormir quietinha agora e pare de bater forte assim por quem a gente não reconhece mais faz algum tempo, espero a sua colaboração coração ou vou ser obrigada a te fazer parar.  

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Louco? todo mundo tem um pouco.





Muitos falam sobre loucura, você já viu a loucura de perto? Você já olhou para o seu verdadeiro rosto? É cinza, sem expressão, pois a loucura tem muitos rostos, muitas mãos e dedos, vários dentes rangendo, muitos olhos observando alheios nas esquinas, há vários tipos de loucura, há várias loucuras em uma só, grandes pedaços espalhados em toda uma população mundial, sou franca e sincera a loucura quase sempre é ruim e quase nunca edifica o ser humano, mas aprendemos com ela as vezes, quando se tem realmente força de vontade. Nunca olhe para ela os olhos ou a desafie pois os últimos que fizeram terminaram sucumbido as suas próprias cabeças mergulhados em suas banheiras sem respirar, mortos ou bêbados em coma alcoólico na porta de alguma pessoa desconhecida que eles obcessivamente achavam que amavam, somos filhos do sentir e as vezes não dosamos a quantidade disso e por sermos humanos, erramos quase sempre, a loucura bate muitas portas e endereços e em muitos países, não escolhe ou tem piedade de ninguém e nem se envergonha pelas coisas que faz, cuidado quando sua vida anda feliz o suficiente para você começar a achar que está seguro, não se sinta mal por isso e nem me culpe, somos todos filhos de Deus e da loucura e cada vez mais os loucos povoam, governam e matam o nosso mundo por isso eu disse que a loucura tem vários olhos e um pode estar observando você, agora.    

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Carta para Ana. Pt 3





Queria saber o porquê que imagino sempre outra pessoa a me ter nos braços, mas no fundo eu sei menina que é você, que você sabe exatamente onde meu corpo, minha mente e minha alma funcionam, escrevo sobre ti sempre e acho estranho por não saber reconhecer esse sentimentos aqui que embalo como a uma criança, o que eu não sei definir finjo que não reconheço e nego, nego o que sempre você me deu, faço promessas para mim mesma sempre, que não vou mais iludir a ti ou a mim mas o que todo mundo sabe é que não resisto a essas tuas mãos que me seguram e me envolvem com tanta força e paixão que me embriagam e me fazem sucumbir e esperar salivando por mais um beijo teu, pena que eu não consigo ceder a isso e te machuco quase sempre, egoísmo meu eu sei, você não pertence a mim e se um dia pertenceu não o quis mas hoje preciso tanto do teu toque e isso me enche de tanta raiva que fico imaginando o dia que você vai me fazer sangrar como tantas vezes eu já te fiz, me desculpa se sou assim tão mesquinha, deprimente, hostil, mas o melhor de mim você já viu e o meu gosto você já provou tantas vezes e parece que sempre guarda um pouco no canto da boca pra voltar a sentir quando eu não mais estiver, menina cuida de mim por enquanto eu não posso, me acorda a cada desmaio se não permaneço dormindo inerte ao acaso e posso não mais conseguir voltar, me guia enquanto cego e me diz que a pessoa boa e feliz que eu fui pode voltar que juro que o meu primeiro sorriso sincero vai ser pra você, por enquanto é a única coisa que tenho pra te oferecer, é isso, pequenas coisas minhas, pequenos momentos de verdade, é pouco eu sei, você merece mais, mas menina ainda cuida de mim enquanto esse teu mais não chega, cuida de mim enquanto esse menos aqui não desapareceu completamente.

domingo, 30 de outubro de 2011

Pra ver se cola!






Reorganizo a minha vida com fosse uma paisagem desmontável e hoje percebo que eu consigo ser bem mais sensata em relação à escolha dos elementos, tudo em seu perfeito equilíbrio, tudo em seu devido lugar, ainda não, não consegui ainda tal perfeição tudo ainda anda desorganizado, porém bem mais fácil de capturar em meio à bagunça os objetos que brilham os meus motivos mais bonitos de ainda estar aqui. Sou metódica, preciso de um plano pra poder sair, mas é difícil achar um quando nem você mesma consegue fazê-lo, decepcionar faz parte sabe? É a coisa mais natural no mundo, esses seres humanos falhos, mas porque devemos sempre nos surpreender com esses seres humanos se nós mesmo somos um, falhamos em tantas coisas e nos achamos perfeitos perante aos errantes, imperfeição é tudo que temos, é o que nos faz capazes de fazer as coisas bem feitas após os erros, acredito nisso, tenho que acreditar em algo, quer dizer temos que acreditar em alguma coisa é difícil é sim mais nem tudo é fácil. Nada é fácil, mas devemos crer que errar é uma porta pro acerto, chega de desculpas, errou e pronto, tá feito e não volta só vai, pra frente, pra longe e pro fim que sempre chega é recomeçar e usar o começo pra acertar e não pensar no fim que errou, que causou dor, que causou saudade, é pensar no acerto que trará de alguma forma, alegria, sorrisos, felicidade é deixar de negar e começar a afirmar o certo, o bom, é aprender a ser assim por mais que no fundo você se sinta o pessimista de carteirinha é viver assim pra um dia tornar isso a sua filosofia e deixar a negatividade e a melancolia apareça em dias cada vez mais alternados e longínquos, e que a sua dose seja homeopática o suficiente pra não te deixar cair nesse abismo que temos a frente, nunca enxergamos mais existe e foi feito por nós mesmo é só não se deixar abater perante nada nem ninguém e se não for pra ser amor, é melhor nem vir.

domingo, 16 de outubro de 2011

Devagar vou reconhecendo meu passos.







Sempre te vejo e te odeio. Odiar o humano, o bicho que cresce em ti e que não quero que venha me morder com esses dentes envenenados de personalidade vazia. Buzinas ecoam no silêncio e tento escutar o barulho, coração pulsa tão alto, não ouço, não vejo também e nem tento. Enxergar-te me cega cada vez mais, não ouço o que grita sem voz, o que queres me dizer não entendo, estais a matar a mim e a ti com esse desespero de me- olha- sou- bem – mais – feliz- que – você, mas não vejo felicidade alguma, deve estar cravada no teu solado do pé, porque pisas sempre a sorrir mas no fundo reconhece e entende a dor, nunca vi felicidade transparente e sofrida igual a essa sua, sorrio sempre, choro também, mas o meus momentos de alto relevo ninguém tira de mim. Me humilhei perante ti, quantas vezes mais? Sinto-me forte enquanto a isso porque posso e tenho coragem de mostrar que não sou volúvel, quer dizer que nunca fui volúvel perante a ti, um dia te desenho na pele e não te telefono mais, travarei monólogos intermináveis com a tua imagem no peito na frente do espelho ao lado da cama e tu não falaras nada, pois te farei caricatura viva, pele, rosto, traços, conteúdo? Nenhum! Aguarda-me porque eu sei que volto e você vai sumir, mas um ano acaba e você desaparecerá, é o que eu penso todo dia para acordar com fome e viver cada dia tirando entusiasmadamente as folhas do calendário dos dias que se seguem, é que eu sei que tá mais que perto a hora de você desaparecer, assim da minha vida.

Escrevemos

Somos guerreiros, sim, nós somos.
Somos fortes, inteligentes e resistentes, pois estamos vivos.
Lutamos bravamente, contra aquilo que nos fazem mal, e lutamos 
bravamente para manter o que nos fazem bem.
A caneta é nossa espada, o papel, nosso escudo e as palavras
é o poder que nos mantém unidos.
Escrevemos, pois assim, descartamos dores, preservamos amores e nos libertamos,
nos sentimos vivos.
Cada palavra é como uma cicatriz que desaparece de nossa alma,
nos sentimos mais leves, renovados e realizados.
Escrevemos, pois, no papel, podemos tudo, tudo que pode-se imaginar, 
somos donos de nosso futuro e podemos, sem erro, escrever um final feliz para ele.
E quando estivermos mortos, as nossas palavras acabarão, mas, iremos embora
deixando nossa marca no mundo.


Pelo meu lindíssimo Derek Schelling.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Pensamentos/Pedidos.

Ei não te falo porque não consigo, mas sempre imaginei a ti e agora que conheço sua voz, essa que não sai sem me fazer pensar em frases sussurradas de vontades e que gosto e como gosto de ouvir, Dom Casmurro descreveu Capitú e seus famosos olhos de ressaca e hoje descrevo a ti com esses olhos também, capaz de embriagar qualquer um e que já conseguiu impressionar essa aqui que escreve.
Ei menina me deixa sentir isso tudo que eu imagino, ah e imagino tanta coisa, me deixa sentir direto da fonte esse teu cheiro que quando passa nos teus cabelos o vento trás até mim, esses são só pedidos e desejos escondidos meus, mas antes que isso tudo se torne apenas desejo eu te digo que você me faz bem, um bem enorme, assim quando sacode a minha vida e me faz dar aquele sorriso bonito, às vezes quero saber o que pensas de mim quando me encara e me olha com o verde/mel dos olhos teus quem dera eu penetrar nessa tua mente e saber o quanto de mim já tem e quanto espaço eu ainda terei para preencher e me espalhar e fazer de você morada boa minha pra eu não sentir tanto cansaço assim da vida, quem chega assim trazendo boas novas marcam e você chegou justo quando eu pensei que não encontraria ninguém que conseguisse me surpreender, tá ai você chegou e a surpresa foi tão boa que quero me surpreender mais e mais se for possível, o bom do novo é que o tempo aprimora, embeleza e enriquece e o que eu quero do tempo é mais tempo pra sorrir assim sem por que quando estou perto de ti, me coloco do lado e se precisar estarei aqui, do lado, na outra sala, no outro lado da linha, no remetente de alguma mensagem, mas estarei ouvindo, sorrindo e de ti só quero uma coisa, sinceridade e essa alegria que tanto me enche de luz todo dia.




Nota Postúma


Que seja doce. Repito sete vezes que é pra dar sorte. C.F.A

As cores do amor.







Era meu espaço, sabe ? Sim, só meu, era meu mundo.
Eu me sentia bem do jeito que estava, ele era preto e branco, bonito, por sinal.
Gosto da cor preta, e junto com o branco, gosto ainda mais. Nunca quis pintar,
nunca achei um motivo pra pintar.
Então, você aparece, com seu sorriso e seu jeito simples, que me encanta, que me deixa bobo.
É como um furacão pra mim, logo eu, que vivi o tempo todo na rua da solidão. Agora,
me sinto diferente, mais leve, feliz, afinal.
Você invade meu espaço, meu mundo, preto e branco, e o pinta, o pinta com as cores
mais vivas e adoráveis. E o vermelho, que você guardou para o final, você tinje meu coração.
Mas, ficou estranho depois, eu não ficava mais maravilhado com as cores do meu mundo, ou do
meu coração, o vermelho vivo não mais me chamava atenção.
Comecei a reparar nas suas cores, nas suas suaves e doces cores, eu nem estava mais ligando
para meu espaço, pois tinha um novo espaço a ser explorado.
É, um novo espaço, com um sorriso e um jeito simples, que me encanta, que me deixa bobo
e apaixonado.
Você se tornou meu mundo, se tornou meu amor, minha vida. Agora sim, uma vontade, um motivo
para colorir, vamos, juntos, pintar a nossa história, pintar com os pincéis dos sentimentos.
E que transborde tinta, nunca falte.
Que seja eterno.


Por: Derek Schelling


( Que como disse a ele, a porta está aberta e o quarto é nosso.)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Quem vai vai, quem vai fica.

E se der, pra onde iremos agora? E se não chegar nunca, se fugir não é opção e se esconder também pra onde eu vou agora, assim andando solta, sozinha, como você me deixou e sem querer saber se volto, se algum dia voltei, se um dia fui sua, me importa ser importante pra alguém, me agrada ser agradada pelo menos uma vez e queria muito que isso acontecesse ainda nessa vida, se possível claro, como não posso mudar a ordem das coisas, nem voltar ao passado, muito menos embarcar em um trem bala pro futuro continuo aqui, não que parei querida, é que não encontro caminhos de seguir em frente e espero que as novas mudanças tragam enfim novas estradas ou velhas, mas que sejam estradas de mudança, de boa nova, e vou andar muito, assim sozinha ainda e se parar é só pra olhar a vista, me pediram pra querer bem então vou começar querendo a mim porquê você já tem quem te queira, vou começar com um era uma vez quem sabe, mas não espero príncipe encantado algum e nem mágica, efeitos especiais e isso tudo que é exagerado, é, a sempre a redenção e a calmaria sabia? Eu até então não acreditava, mas e daí? Acreditar é preciso, quase sempre, se é que existe recomeço nesse enorme mundo cão eu me recomeço um dia, eu me reinvento todo dia, me desdobro em acrobacias, mas me encaixo um dia em algum lugar que estiver vazio ou até cheio, mas tão cheio precisando de mais um que some o todo e faça fazer sentido e se não fizer o que não entendemos também é muito válido e são poucas as coisas nessa vida que entendemos completamente, eu? Prefiro assim, sem entender nem reclamar, porque baixar a cabeça é a maior coragem que eu tenho, se sinto falta das coisas que se perderam no tempo? Sinto sim, mas se foram e não voltaram será que um dia foi realmente minhas? E eu tenho um baú tão grande agora, cabe o mundo e eu mesma dentro e se divago nas palavras é que me perco com a cabeça te procurando também, mas nunca encontrando a ti e se termino essas palavras sem te encontrar é porque você não volta e eu sei que nunca foi minha afinal, porque se fosse voltaria, como tudo que é meu, tudo, menos você.

domingo, 25 de setembro de 2011

Sem aviso nenhum, cresci.

Ah coisas tão estranhas na qual eu não consigo explicar.
ela me disse que quando olhava nos meus olhos sentia que eles tinham muito a dizer, mais nunca dizia. 
Por medo talvez? ela encontra nos meus olhos algo que eu sinto dentro e que ela encherga fora, eu nem acho isso tão real assim, vai vê que ela encontra uma forma de me traduzir, ou que eu realmente fale o que eu tenho a dizer.
Eu tenho medo, sempre tive, medo de ver minha cara na vidraça, medo de que meu reflexo no espelho falasse comigo e se mostrasse bem mais inteligênte, medo de morrer sem amar e morrer sem ser amada.

Quando as lembranças vem, é difícil segurar.

O relógio continua a fazer o mesmo barulho, tic, tac. Como se o tempo passase rápido pra mim, como se uma ampulheta em pause marcasse todos os dias da minha vida, como se um controle úniversal fizesse o mundo ir mais devagar pra mim, eu nem ligo, ligo a minha câmera imaginária e registro o momento que eu quiser, o teu primeiro sorriso, o teu primeiro beijo, o teu rosto que é o que eu sempre vejo ao fechar os olhos e o escuro me transpassa, e o meu amor por você é o que eu sempre vejo em mim, de fora pra dentro, de dentro pra fora.
Um amor único, sem barreiras, limites, estou condicionada a sorrir sempre que te vejo, e é você que eu quero vê aqui na cama, do meu lado, todos os lados, eu te ofereço o espaço necessário vem?

E o resto? É silêncio!



Eu sei que daqui a um tempo tudo que eu tenho seu só vai sobrar como lembranças, as músicas como veneno, as cartas como motivo pra lágrimas, é sempre assim e eu sei que não muda. Antecipação! É uma palavra que ronda a minha cabeça mais do que eu imaginava, seu significado ecoa em mim como se fosse um castigo pra mim imposto pelo crime que é ter você, que eu estou disposta a pagar toda a penitencia agradável que é ter você por perto e sentir o teu cheiro que sempre fica em mim, que eu sempre sinto o vento trazer pra fazer eu não me esquecer que um dia eu sei que vou me machucar, e se isso acontecer meu bem espero que você leia isso, pra assim eu poder dizer que foi por risco meu, pleno e risco meu, eu quis e eu quero ainda todo o seu perigo porque eu escolhi assim sofrer por você, mais só por você nada de pessoas adicionais que me davam a antecipação como bebida ou um cigarro ou outro vicio qualquer pra que eu matasse você de mim, mais não eles não conseguiram e se um dia você morrer meu bem vai ser por você mesma, pelos seus atos incontidos e inconseqüentes mais eu sei meu bem, que você me amou e isso me conforta de um jeito que você nem imagina, porque eu sei que um dia você foi minha e que poderá ser até quando você conseguir ter minha presença idiota e chata ao seu lado, porque eu me divirto tanto com esse seu jeito marrento de levar a vida e as coisas que te assombram, me faz querer ter o seu jeito despreocupado e raivoso de encarar os problemas enquanto eu estou aqui né amor, sentada escrevendo pra tirar de mim as coisas que eu sei que nunca vão embora vão ficar aqui até quando eles perceberem que não tem nenhuma importância pra mim, até quando eles perceberem que a minha principal fonte de atenção é te fazer feliz, única e verdadeira intenção amor.
Ei escuta sabe o quanto eu te amo? Procure o tanto de mim que existe em você, a minha dose nunca foi homeopática meu bem, uma injeção de dose maior e com efeitos delirantes é assim que eu amo, sem limites pra te fazer feliz, bem seja meu amor sim? É a única coisa que eu realmente preciso agora de você, porque você me fez esquecer de tudo e o momento que existo com você é esse que eu realmente prezo.

sábado, 24 de setembro de 2011

Como vai sua vida ?

E você, ser incompreensível, que anseia por liberdade, como vai sua vida ? Se o interessa, a minha vai ..indo, caindo, como sempre foi.
E o significado da minha existência, onde está, onde foi parar, ele sequer existiu ? Se souber, me diga,
tenho uma enorme curiosidade pra saber e meu espelho não me fala.
Por falar em espelho, se quer saber, diversas vezes já fiquei na frente dele,
olhando meu reflexo, esperando algo inesperado, esperando um tapa, um grito, algo que me tire das profundezas
dos meus pensamentos sombrios. Aqui estou eu, me corroendo em dores, ao som de uma música qualquer, pensando na vida
que queria ter, pensando em coisas que queria fazer, mas a coragem sempre me fugiu. Sempre fui um covarde
me escondendo numa máscara negra, como se não precisasse de ninguém.
Mas, na verdade, não preciso, já vivi tanto tempo na rua da solidão, que aprendi algo que não sei.
Sempre me perguntei qual seria o motivo de ser assim, de machucar as pessoas, não deixar ser ajudado, mas nunca obtive a resposta,
apenas continuo a ser o que sou, sem ter vontade de mudar.
Espere, não, não pare por mim, nem chore, pois o próprio que lhe escreve não faz isso, ele só segue em frente
aparentando sentir-se bem, enquanto por dentro, se mata lentamente.




Texto de : Derek Schelling

( Pra ele, todo o apoio do mundo pra continuar escrevendo assim tão lindamente, e com esse apoio eu me coloco a disposição de lê-lo sempre igualzinho como ele me apoia. Te amo amigo. <3 )

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O que nunca farei.

Ah, a última das minhas palavras, se a parti daqui eu ainda não consegui me livrar das suas, mesmo sendo com um teor sentimental tão pouco quanto as minhas, que bom que você lembra da nossa data, que bom que lembra dos bons momentos , que bom que lembra de mim, sei que não sei ser breve, então desculpa se isso tudo aqui fique muito grande e te canse de ler mas é que não sou um bilhete, sou uma carta grande que é isso tudo que te escrevo agora, então devolvendo tudo, não precisa pensar que é besteira minha ou fazer cara de que ‘’Nada a ver isso dela’’. É que eu preciso sabe, estou tentando fazer da minha vida folhas limpas, sem passado, só deixando espaço para os futuros que estão por vir e que quando passarem serão apagados também, quero que descomplique, quero me descomplicar, sabe porque não aguentamos a chance de nos chamar a atenção? Sabe por que os nossos olhares ainda se encontram no susto e logo voltam a olhar outras paisagens? Porque de alguma maneira meu olhar se acostumou com o seu (Poderia falar que o seu por meu, mas só respondo por mim agora).  É que de alguma maneira nos acostumamos uma com a outra e é tudo que temos só costume, só apego, pois já deixamos o nosso amor e os sentimentos sangrarem por tempo demais e alguma hora isso tinha que morrer, não tento mais te chamar a atenção, não tento mais fazer você me notar, não tento mais te mostrar onde erramos, é o cansaço sabe? Desistir ti e deixar você ir, ser feliz, ser o que quiser talvez tenha sido o meu maior ato de coragem, por abrir mão dessa minha insistência inútil por você, admiro muito esse seu jeito despreocupado de levar a vida, como se as dores não existissem, quem dera eu um dia conseguir ser assim, mas não sou e me sinto feliz por ser eu, por sentir demais as coisas, até o que pra todos e principalmente pra você já está no passado, estou devolvendo o material, os objetos, mas deixa que as lembranças vão ficar guardadas em uma caixa bem escondida na minha memória, se algum dia precisar lembrar de coisas boas é só abri-la também que só vai te trazer bons sentimentos, bons momentos, tudo nosso e sempre será, cuide bem deles e por favor não deixe ninguém rasgar ou jogar fora e nem faça isso você mesma, ah e cuide bem do Charlie, o nome inicial dele era Teddy mas tudo bem, dormi muitas noites com ele, foi meu companheiro por um tempo até que eu cresci e não precisei mais de bichinhos de pelúcia, que pena que ‘’Cresci’’, quer dizer fiquei velha demais pra esse jogo de amar, se cansa de perder depois de um tempo sabe? Mas você ainda tem muito tempo pra esse jogo, então é isso, as coisas, os sentimentos, o amor, tudo um dia acaba né? O nosso não foi diferente, pra você desejo todo o amor do mundo, todo o respeito do mundo, todo o cuidado do mundo, todo o carinho do mundo e todas as alegrias do mundo, se não fosse isso que eu quisesse pra você não teria tentado tanto e me esforçado tanto para proporcionar tudo isso pra ti, pra mim eu me desejo força, paz, sossego, serenidade, desapego e um pouco de fé, não fé de religião porque dessa eu não preciso, mas fé na vida, nos bons momentos que estão por vir, me deseje tudo isso também, que o resto a gente corre não é?

Atenciosamente.
Rayanne Albuquerque.

P.S  Escuta, quero que saiba, não guardo nem dinheiro vou guardar rancor e mágoa? C.F.A

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Baú.

- E saiba meu bem, que seja o vento forte, a parede de concreto, os quilômetros de distância, a opressão da censura, as armas de fogo.
Mas temos a tecnologia maior o amor, existe a calmaria, a broca, o trem, a música e a eternidade. E é só nossa.


#23/10/2010 ~12/09/2010

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Uma promessa, é isso.





Eu não conseguia parar de pensar nela. É eu não conseguia, e por não conseguir tirá-la da minha cabeça fiquei mais aberta a mim mesma, ao que eu sinto por dentro, que ser omissa só está realmente visível do lado de fora, mas por dentro as frases de raiva, sinceridade gritavam e ecoavam por dias, foi por amá-la que decidi na minha cabeça gritar o que ela não tinha ouvido gritar palavras feias sim, sinceras também, e a raiva me comia e me come por dentro, mas venhamos que isso tem um ponto positivo, tá eu sei que eu demorei pra enxergar e percebo que ainda tá embaçado, mas existe, estar com raiva me fez tão segura de mim, me ensinou a dizer não e hoje digo não a tudo o que dela vem, pode ser filosofia de rejeitados ora essa, pode sim e é, quem disse que não, só um puta mal amado pode ver beleza em ser trocado ou largado, mas os dias se seguem sem nenhuma, mas nenhuma novidade mesmo, uma bosta pra ressaltar, é os dias de costume ou de descostume, são os dias pra você gritar na sua própria cara no espelho, são os dias em que seu pensamento não te deixa dormir martelando uma só ideia, quero ela, quero ela, quero ela, mas no fundo você sabe que ela já foi amigo, e não volta, pelo menos a maioria não, e se você for sortudo que eu imagino que não, talvez volte, mas não dura e você vai perceber que o gosto de ser trocado e depois ter uma segunda chance só pelo simples fato do apego é ruim pra cacete, quando você começa a perceber que não volta, você começa a enxergar o que pode mudar, no que tem por vir e no que já veio acanhado pedindo licença e esperando até que você o enxergue, e faz um favor, vê se enxerga, vê se te faz um bem pelo menos uma vez, não espera que o coração bata mais forte não, porque se isso acontecer provavelmente o resultado vai ser igual ou parecido com o anterior, deixa entrar o coração calmo, não é só de taquicardia que se vive um romance, pode ser feito vendo o mar, assim sem pressa, pode ser feito tomando uma cerveja, pode ser feito lendo Caio Fernando, pode ser feito com uma pessoa que você pensa que não, mas que te faz um bem, assim sem pedir nada em troca, e você cisma, e como cisma em dizer que tá errado, que não é assim, que não pode, que não quer, que não tá pronto ainda, mas meu filho você já nasceu pronto, e estamos sempre prontos, deixe que os dias calmos lhe devolva o batimento certo, deixe as sacanagens pra hoje, sorria mais, diga eu te amo pra quem você ama e não pra quem já amou um dia, pra quem te merece enfim, as vezes é simples, todas as vezes é nós que insistimos em complicar essa porra de vida que já tem curvas e lombadas demais, chama quem te faz bem, quem só tá esperando um momento de aparecer nem que seja na tragédia, porque quer te ver sorrir sem que você devolva, ame isso, o fácil, o simples, não que seja indigno de esforço e sim aquilo que já tá pronto e natural, sem precisar de suores e lágrimas ou algo que se compare aos dez trabalhos de Hércules, se permita ser amada, porque amar depois disso vira uma consequência deliciosa, e é natural, um chamado que você faz a vida, que você faz a si mesmo, então chame e espere a sua resposta de volta que eu vou torcendo aqui pra que tudo saia bem, se resolva e descomplique, que venha bons ventos, a rede já tá armada e o soninho já tá chegando. 



Nota póstuma 



E pense nisso como se fosse um mantra, e pense nisso pra trazer boa sorte pra todos nós.
E cruze os dedos, que Iemanjá ajude nas águas tempestuosas, que Iemanjá leve os maus olhados, que Iemanjá devolva a paz, que o resto ou vem por si só ou se corre pra segurar.




sábado, 3 de setembro de 2011

Um brinde, aos seres humanos omissos e aos amores perdidos.

Ele foi até a banca de jornal, para tirar de si o tédio, e há viu passar indiferente a presença dele, era o que ele pensava claro, pensou em como ela estava linda, como sua presença durante um tempo e a sua ausência atual tinha causado um ar bom nela, pernas grossas de quem começou a ir para a academia e aquele ar de ser bem mais feliz que ele, então começou a imaginar como poderiam ter acontecido vários encontros como àqueles habituais que ele talvez não tenha visto ou reparado, pensou em quantas noites ficou bêbado em vários bares de esquina por causa dela, pedindo músicas de dor de cotovelo aos cantores e os chateando com aquelas músicas bregas para matar nele a falta que ela fazia, pensou também em como seria se tivesse ela nos braços novamente, como seria o cheiro, o gosto, se seria de harbor ou de hálito fresco da manhã ainda, lembrou-se de todas as vezes que levou ela pra cama, dos gemidos que ela dava, do suor e das caras que ela sempre fazia, dos olhos fechados como se ela não quisesse ver o que estava fazendo, como se aquele prazer que sentia não era ele que à proporcionava e sim ela mesmo com a sua imaginação, como ela mandava e ele obedecia algo como, não para, e pensou se foi realmente ele mesmo que deixava aquela mulher que passava alheia a ele na banca de jornais doida, e se não era tudo fingimento, pensou em como encontraria ela daqui a uns anos e se ela covarde como é e constrangida pelo que tinha feito a ele manteria algum tipo de conversa ou simplesmente passaria rápido tentando adiar ao máximo o encontro que aconteceria se a vida permitisse, mas rápido que ela imaginava, como ela estaria daqui a uns anos mais velha, mas madura, com amigos sinceros ele pensou, ou se começaria a parecer com a mãe uma velha com ilusões de nova  e recentemente adepta a macumba, para tentar castigar o marido infiel que teve, pensou que se fosse assim o futuro até poderia perdoa-la por ter o largado, esse futuro de mãe raivosa ele não queria ter nas mãos, nas mãos ele só queria uma aliança e queria também chegar em casa, mas não por ser mecânico e sim por estar com saudades da mulher incrível que conseguiu achar, mesmo depois de penar por causa daquela ( ele preferia não usar palavras feias para intitular ela, pois a amava ainda, e isso doía.) mas isso ele sabia que não conseguiria encontrar, sortudo do jeito que é no máximo mais um caso de alguns meses que lhe renderia vários outros de ressaca e literatura suicida, mas ele não deixava de olhar ainda, a mulher que ele teve e que amou mas que a ele mesmo, passando ali, com o seu cabelo preto, a pele morena de sempre, aqueles olhos curiosos que antes o olhava com admiração e hoje se a viu olhando na direção dele o que encontrou foi um olhar de pena, e ele ficaria ali, vendo ela passar alheia ainda a ele na banca comprando jornais e pensaria como os mais forte dos amores também se perde, e passam alheio a você, ali numa banca de jornais ou em uma praça, e que por mais que tentasse tudo se perdeu, se perde, se perderá e que o ser humano é assim, perverso com uns e gentis com outros e que isso não mudaria. E realmente nunca mudou.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

247 dias com ela.

O começo.
Era de pretensão nenhuma, era de sorrisos, descobertas hein? Quem diria? Você passava a descobrir o meu mundo ali, naquele corredor, eu te mostrava alguns truques de mágica, e você ria, só ria, um sorriso aberto, bonito, novo. Um sorriso de quem tinha achado algo, algo que seria a sua ruína talvez, mas um sorriso lindo, e eu passava a conhecer você e o seu mundo, também totalmente novo pra mim, estranho, convidativo, e eu queria tanto você e tive, você passou a ser minha, e eu sua, ai o meu mundo se tornou o seu e o seu o meu, e críamos juntas um mundo só nosso.

O meio.
Nos divertíamos como podíamos, entre mentiras e desculpas para nos encontrarmos, entre sustos e promessas de eternidade, mensagens de amor incontroláveis, o desejo de ficarmos sempre juntas só crescia mas a raiva que o nosso sentimento causava nas pessoas ao nosso redor ia nos diminuindo, primeira briga, primeiro ciúme, era tudo tão bonito, eu cuidava dela e ela como podia de mim, alcançamos a intimidade, alcançamos o prazer até, mas nada é o suficiente nesse mundo que era meu, dela e nosso ao mesmo tempo.

O triste final.
Não mas nos entendíamos, não mais no encaixávamos, não mais nos amávamos como antes, não era mais o mesmo, não éramos mais às mesmas, começávamos a nos estranhar, no mesmo corredor onde nos conhecemos e sorríamos, brigávamos, nos perdemos, eu te perdi, você me largou, nós nos traímos, já não tínhamos mais confiança, não tínhamos mais desejo, não tínhamos mais amor, só o apego que nos grudava, apego esse que me transformou nisto aqui, que me deixou nesse estado que eu estou agora, como você está eu não sei, nos encontraremos em algumas dessas esquinas da vida, recuperadas, superadas e felizes quem sabe, por enquanto vou fingindo que não te amo e você que não me conhece, talvez felizes, talvez inteiras, talvez livres dessa estranheza toda que temos agora uma pela outra. É talvez.

Nota póstuma.
E você vai ser mais feliz, longe de mim por isso, eu vou mais não me peça pra amar outra mulher que não você.

domingo, 21 de agosto de 2011

Um dia, quem sabe.


Um dia, uma lembrança, uma vontade, uma saudade, uma ausência, o passado se reflete no presente e o mundo muda todos os dias, você muda todos os dias sem nem perceber, mudam-se os amores, mudam-se a pessoas, muda-se o caráter, o olhar às vezes não enxerga o que vê, e às vezes o que vê também não se permite ser olhado não mostra realmente tudo de escondido, andar na rua pode ser simplesmente um hábito se você não se permite virar o pescoço ou simplesmente ouvir uma música, quem sabe sorrir apenas com o vento que soprou ao teu favor hoje e você nem se deu conta, não damos conta sempre de tudo, na percepção e no tamanho das coisas, às vezes são pesadas demais pra carregar, às vezes simplesmente não queremos carregar, às vezes nem sabemos que elas realmente estão ali esperando para serem modificadas, melhoradas, concluídas. E a conclusão? Às vezes não é o que esperávamos e pelo menos nada do que eu realmente esperava, idealizava realmente aconteceu, a realidade se permite surpreender a gente, sem nem mesmo perguntar se queremos ser surpreendidos ou se realmente nos surpreenderemos, para uma vida sem idealizações ela insiste em nos ensinar, uma vida sem projeções, premonições ou vidências futuristas, é esperar menos e fazer, eu sei bem que é fácil falar, fazer também é, mas se sentir completo pelo feito é difícil, sei quando a vida de feito ou de desfeitos se torna vazia, não sei de onde verte tanta desesperança, não sei da onde o ser humano produz, e que em algumas pessoas simplesmente não parece ter produzido e outros simplesmente parece que jorra dos olhos, do canto da boca, das frestas dos dedos, será que um dia aprenderemos a conseguir só ser? Sem esperar, nem pensar em sofrer, sentir falta, chorar quietinho olhando recordações, papéis antigos e amarelados da cor do nosso intimo, será que um dia seremos completos, satisfeitos e enfim felizes? Completa eu não sei se um dia chegarei a ser, mas se um dia me perguntarem como eu estou vou me esforçar pra responder que estou bem, e não que estou indo, por que às vezes não sei pra onde vou ou como estou, mas tenho sempre que acreditar que melhora, melhorou melhorará, porque tudo passa, se modifica ou se concluí, é só se acreditar.

sábado, 20 de agosto de 2011

Caçador foi, caça um dia será.


Estou no meio do agradável e isso não me agrada, estou buscando o que eu nunca mais conseguirei ter, o que nunca mais conseguirei sentir, mas que vejo todos os dias ao longe, tão longe, tão longe de mim, me sinto vazia, é me sinto vazia no meio desse cheio todo, desse repleto de nada, desse fim colorido e brilhoso que você desenhou pra mim, mas não quero esse fim, curiosa e insatisfeita que sou vasculho cada canto de tudo, a procura de um novo fim ou de um novo começo mais recomeço a desistir, já falei em desistir tantas milhões de vezes mas não consigo, é de mim não querer largar-te, deixar-te, quem dera eu poder, quem dera eu querer te deixar ferida por ai com um sorriso na cara de satisfação, mas simplesmente não consigo, e essa tua forma de me negar tudo que tenho direito me deixa ainda mais faminta de querer pedir, de querer implorar, de me jogar de lado por mais um dia de satisfação seu, isso me deixa em carne viva, mas é melhor ser viva, do que carne morta a sugar a vitalidade de outra pessoas por ai, prefiro ser essa coisa insistente que nem eu e acho que nem você consegue intitular, me dê um nome ou me dê um adeus, me dê um papel satisfatório nessa sua tragédia ou me diga que nunca mais, só não faça questão de mim, porque eu sou assim exatamente como me mostro nos dias de insônia e melancolia, pois eu sou assim mesmo quando estou feliz, porque eu sei que o mesmo não durará até o próximo amanhecer e se durar vai ser outra, com outras entrelinhas de tristeza duramente escondidas mas tão claramente perceptíveis, pena que você não me observa, pena que não me olha, te mostraria tanto se pelo menos fingisse um pouco de atenção aos meus feitos febris, e eu que sou obrigada a vestir essa carapuça de aversão, de desamor, por você como todas as outras coisas que também já fiz e você nem reparou, é por mim também, pra me manter segura desse imã que tem no teu peito que o meu não consegue parar de se sentir atraído, me pergunto quando você vai parar com tudo, quando você vai parar de querer se aproximar pra depois correr e sumir novamente, e voltar como se não tivesse nenhum interesse, me expresso melhor em palavras, pena que você não vai ler, se lesse entenderia o que eu tento fazer por mim e por você, embora você não perceba, talvez você também faça algo por mim, mas se esconde tanto menina que por mais que repare não consigo ver e quando te peço pra me informar pra se for o caso eu te dar algum tipo de crédito você foge, como sempre, como todos os nossos dias foram e serão esse eterno jogo de gato e rato, mas fica ai a minha dúvida, Quem está jogando? Quem é a caça dessa vez? Quem vai se deixar ser pego e abatido? O gato ou o rato? Ou os dois.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Carta para Ana Pt 2

É menina, dessa vez a dor não veio e essa falta de dor me dói, não tente me procurar mais, me perdi e estou no meio do caminho chorando por não poder voltar e por não conseguir ainda ir em frente, é difícil fechar os olhos e tapar os ouvidos meu bem, mas quando eu voltar, me chama de amor de novo e diz que ainda vai cuidar de mim Ana, que pra você sempre retornarei.


Nota Póstuma

Pode ser que não mais me espere, que não quer mais me ver, mas eu sei que me encontras na fumaça que sai das bocas e dos sorrisos tristes das pessoas ao redor, poder ser que não queiras mais a mim, corpo/presente, mas vai sempre me encontrar Ana, na alma/pensamento de tudo que vier a ser sua, como eu.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

E o vento levou.

Me vejo buscando a ti, sem querer, desculpa te ligar pra falar do que já está perdido mas é que as vezes esbarro com você ao lado da cama, é desculpa devo estar variando, bêbada, fudida assim, eu sei que você não está lá mas eu te sinto sabe?  Te sinto ainda sabe, você me sente ainda?  Tinha me acostumado com a sua presença mulher e me ver sozinha assim me constrange tanto, queria parar de tentar pegar carona na sombra das coisas, até da minha, desculpa telefonar a essa hora pra te falar do que já está morrendo ou morreu? Não desliga agora eu sei que estou sendo chata, preciso de você, te sinto, sinto, é sinto muito se não pude ser mais, mas sou capaz de ser, é eu sei que já não tem meios de contorno e essa nossa mão não é dupla e não te dá chances de voltar né? Eu devo estar meio louca mesmo, mas ando bem, me alimentando bem, triste demais, é triste demais te ver passar por ai fingindo não me ver, ou não me ver realmente? Tentei, eu sei que falei que ia devolver as suas coisas, desculpa não pude, descobri que elas são minhas também  e não pude sabe? As vezes penso em queimá-las mas não consigo, pode me dizer o que eu faço agora mulher? Estou perdida nessa mesa de bar com esse gosto de sal de lágrima, de sal, limão e alcool, já cantei todas as músicas tristes que consegui mulher e você não me sai, saio andando na rua pensando em você, é sempre assim ou quer dizer por enquanto, faz frio sabe e coloco as duas mãos no bolso do casaco pra me esquentar, venho cantarolando  ( Mas cada vez que eu te vejo eu mudo o canal) do Esteban e procuro um cigarro amassado no bolso e fico repetindo essa música, mas faz frio, eu tenho fome, estou bêbada e a fumaça nem me aquece mas assim, imagino te encontrar nessa esquina, imagino tanta coisa mulher, eu chego em casa assim e hoje te telefonei só pra te afirmar que estou decadente, que sou deprimente, coisa que você ainda deve saber, e não há mais nada a dizer, você está feliz e eu não e o mundo é isso ai né? Sei que sim! Bem vou ter que desligar, tenho que ir dormir, vou ter mais um pesadelo ou será sonho com você, mas você não vai estar ao lado da cama, ao meu lado nem em canto nenhum que eu vá mais né? Seja feliz.

sábado, 21 de maio de 2011

N°1

Entro, pois a porta estava aberta. 
Dentro, vejo uma menina de olheiras sedutoras acompanhada, tão somente, de um caderno e uma caneta.
Me ponho ao seu lado, num ato amigável ela me estende o seu caderno.
Leio, releio e gosto. 
Tão maravilhado fico ao presenciar aquelas palavras, me enchem a vista e o pensamento.
Sorrio e recebo um sorriso de volta. 
De repente, percebo que as paredes do recinto estão todas escritas.
Penso com os meus botões: "Porque tamanha genialidade está envolta à quatro paredes ?"
Repenso com os meus botões: "Se um dia as paredes ruírem, e as palavras forem expostas ao mundo, terei sido o primeiro a lê-las".



Derek Schelling *-*

Fatos, apenas.

Podem achar que eu sou deprimente, ótimo você não tem que achar nada de mim pelo menos não agora, vejo imagens diformes de tudo que eu realmente sinto, sintonizadas e sincronizadas agora automaticamente, uma ligação intima porém muito pouco confortadora, acredite você não quer ter essa ligação e nem sente que ela realmente exista até se dar conta de que o seu coração sua mente e sua íris trabalham em completo sincronismo e garanto, você sentira isso da pior maneira, quanto tempo eu perdi assistindo um filme pra me distrair? Quanto tempo levei mudando de canal e canal? Quanto tempo levei bisbilhotando o quarto da minha irmã aproveitando que ela estava fora só pra ter o que me ocupar? E quanto tempo vou passar aqui escutando essa discografia dos Beatles e digitando muitas mais muitas palavras desconexas? Não consigo parar de pensar que eu sou uma total fracassada. Pois é um ponto, porque eu não estou aberta a discussões sobre isso, garanto que eu saberei que estão mentindo, me agradando ou mesmo colocando pra lascar em mim, isso não importa agora, acho que o que eu penso e o que pensam de mim realmente nunca foi importante, não sou normal, absolutamente não, vou ficar pregada nesse teclado querendo estar com alguém que eu não posso, mais minha mente está dividida em várias outras que eu realmente não pude mais queria muito estar, mais o que eu vou fazer quando você correr perigo? Eu me pergunto querendo saber a sua resposta, porque eu estou em perigo talvez não tão real como pensam e temem mais um perigo sentido, uma luz vermelha e uma placa de pare dentro de mim, agora estou jogando automaticamente tudo que estou pensando, ‘’penso logo existo’’ obrigada mesmo Déscartes, mais prefiro a minha versão dos fatos, a sua filosofia observada não observou muita coisa, penso logo caio no longo abismo que tem a frente, penso logo sofro, penso logo sinto saudades, penso logo morro pelas beiradas, e a criança que tá comendo a papa da minha vida quer chegar logo no quente do meio, ela é tão louca e perigosa como eu, então o que acham de mim agora? Eu não acho nada, irei escrever mil palavras aqui e não conseguiria me elogiar ou me diminuir, sou essa cópia barata de tanta gente que realmente mereço um processo de plágio, quantas de muitas haverão de existir dentro de mim mesma? Quantas de mim mesma haverão de ser muitas? Eu sou um mosaico de tantas lembranças, é devo estar fazendo uma tempestade em um copo d’água nesse exato momento, mais é porque sincera e fracassadamente não sei o que fazer. Nunca soube.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Quer saber? Parti.

Eu tive você, sim eu tive, eu ainda tenho você não adianta você é minha, te mostrei o mundo e o fundo do poço não foi você que me mostrou, te fiz importante e me importar também não foi você que me mostrou, tenho anteriores, tenho antecedentes, tenho dores, mas não te tenho mais aqui, quer saber vai doer como dói outras feridas que não foram causadas por você. E você? Você vai continuar a ser assim? Manipulada, destroçada, sendo guiada por outros, seguindo um ponto de vista cego?  É acho que vai, então boa sorte, seu futuro eu já vi em outras vidas, você não é poesia, nem sabe identificar, nem ler, nem apreciar, você não sabe de nada da vida garota, e eu também não mas sei observar quem sabe posso lhe contar se quiser o que eu vejo e o que eu vi, você vai se machucar como machucou a outros e vai ser abandonada no meio e vai sentir tanta vontade de que chegue o fim e ele não vai vim, não espere o fim querida, ele vem ele sempre virá desde o começo da humanidade muito antes de eu ou você nascer, você não foi a primeira e nem a última, Eu? Não posso dizer o mesmo pra você, fui a primeira e sempre serei, serei concreta, serei sempre o seu porto seguro ou sua referencia e você? Só mais uma de tantas outras que se achavam importante e hoje você as vê na minha vida? Pois é, seu mundo, seu corpo, seu sexo não vai ser mais meu, sei que vou ouvir os seu gemidos altos, vou sentir o seu suor na minha pele, a sua língua no meu ouvido, o seu toque, a sua satisfação como um sonho ou um pesadelo durante muito tempo, mas sabe tantas outras línguas já passaram, já sentiram e que também tenho saudade e a falta já me é normal querida, seja você sim? Pena que eu não vou querer mais assisti-la, pena que sua peça teatral de tragédia eu já assisti em outros carnavais, vamos brincar de ser felizes hoje, é o que posso oferecer a nós, já tratei de começar e você trate de começar também. 

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O meio.

O começo.
Não é bem um começo, é uma extensão da história de uma menina qualquer a luz dos refletores mas olhando microscopicamente dentro de si própria os traços de marcas que existe são tão fortes como raízes fincadas no chão de um grande carvalho branco, de novo ela chora, as lágrimas quentes e grossas se estendem até ela pegar no sono, uma inquietação dentro de si há faz ficar assim com as compotas abertas deixando as águas quentes lavar todas as mágoas, e ela é assim uma menina magoada, frágil em seu interior mas um sorriso e uma felicidade inventada servindo de couraça, ela ainda continua a insistir dia após dia, ela já se perguntou tantas vezes porque, mas nunca soube responder e temo que nunca saberá realmente, ela só usa o pouquinho de amor e carinho que pode juntar como escudo, se não se estilharia em cacos de poeira colorida e deixaria aparecer a sua massa viscosa e frágil que é quem realmente é, por causa do seu escudo ela tem que vagar por ai, andarilha que sempre será em busca de amor, carinho, proteção e deixando de lado as ofensas, acúmulos exagerados que faz por sacrifício, ou por ser omissa, beirando as vezes a estupidez, por deixar ser nocauteada tantas vezes, sangrando, respingando e sujando todos de vermelho vivo, mas fingindo que está tudo bem, sorrindo com uma alegria amarela e estendendo a mão ao açoitador e lhe dizendo palavras confortadoras, evitando que é ela mesmo que precisa ser consolada, mas a menina é mal, internamente, o acumulo há fez grandes estragos e por sempre sentir dor e insônia seu rosto se contorce em uma careta malvada e em baixo dos seus olhos roxos formados pelas noites em que sua mente não há deixa dormir, quem diz que a sua vida é ruim, ela acha que não, que há várias outras vidas insuportáveis, e que o sei inferno particular não parece tão ruim comparado há muitos outros, as palavras de bondade ditas por tantos estranhos que a andarilha encontrou não adiantava muito no seu esforço de apaziguar a dor, mas as de maldade ditas por quem conhecia tão bem e representava tanto para ela lhe causavam fúria, fúria de furacões devastando cada órgão pulsante dentro de si, e com um tempo ela vai se tornar incapaz de falar, emudecerá para todos e para vida, e deixará que a sua voz passada ecoe pela sua eternidade, e quando todos não se lembrarem mais da sua voz, das suas palavras, ela olhará com tristeza mas não será capaz de falar novamente, pois terá esquecido como se fala ou como se expressa ou como se escreve, pois sua voz foi silenciada, sua palavras foram apagadas e suas expressões desfeitas, pelo tempo e a velhice da memória humana, pela morte do seu interior, morte da menina andarilha, pois sem todo dom que tivera um dia mudo, morto, perdido no espaço pensará consigo que ela também se perdeu nesse espaço todo de tempo, de dor e de busca, que ela almejava também mais que tristemente nunca encontrou.          

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Detalhes, detalhar, detalhada.

É só sei falar de amores perdidos, desilusões e quando já não se perde nada nem se desilude não há o que escrever mais, não sei falar de infelicidade na felicidade, me resumo a três palavras, vazio, pedaço, falta. É difícil filosofar quando quem quer que ouça não entende, então me limito a ser breve, instantaneamente abaixo a vista e fico muda. Infelicidade, falta, vazio, pedaço, se já me resumi e avisei que ia ser breve sem mais delongas eis o ponto final.


Nota póstuma

Não era minha intenção ser breve, queria gastar calendários, gastar sonhos, planos, gastar sorrisos, tenho tantos pra dar, sou tão rica de detalhes, mas já estou começando a não poder mais me detalhar, eis aqui a garota que entrega os pontos ou os pontos a costurará?

sexta-feira, 25 de março de 2011

Detalhes apenas.

Poderia descrever cada curva, cada sinal, cada ponto onde te causava arrepios, cada palavra que ia ser pronunciada exatamente no momento exato.
Poderia descrever cor da pele, tom, textura, contorno, assombreamento, dégradé, luz, saturação, exposição, sobreposição, efeito, moldura, pincel, passadas, entonações.
Poderia descrever o complemento de essências que formavam o seu cheiro, cada ingrediente, adicionado durante toda a sua vida para formar o seu perfume.
Poderia descrever cada expressão facial, cada levantamento de sobrancelha, cada repuxo de músculo no canto da boca, cada sorriso.
Poderia mostrar cada pingo de suor, de lágrima, de água de banho, de água de cheiro, de água gelada, de água quente.
Mas hoje sou uma simples intérprete, não mas descrevo apenas escrevo a saudade de sentir para poder descrever.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Remenber-me

Eu tenho em mim várias lembranças, que as vezes vai e volta como um iô-iô
na mão de uma criança, que nunca cansa de brincar elas vem em momentos diferentes e me invade de uma forma que fica difícil saber exatamente de quem, porque e qual é ela, tem momentos que elas vem todas de uma vez e como um sopro de uma ventania gelada me congela em algum momento esquecido da minha própria história, como um livro cujas páginas tem um tema exato pra me deixar no chão esquecida, eles tomam toda a minha atenção e quando volto a mim vejo a cena que vai repetir durante um tempo longo da minha vida, um cinzeiro, cigarro, fumaça e esquecimento como se diminuindo a minha saúde calasse a boca do meu pensamento tagarela, que se parece muito comigo, não paro de falar das coisas que me machucam como se assim eu me acostumasse melhor a dor e o torpor de ter que ver todas essas cenas ao vivo, faço uma piada qualquer, morro de rir por um instante e no próximo já estou submersa na minha própria reflexão. Não é fácil viver assim autoflageladamente, magoando machucado por machucado, hematoma por hematoma, são essas marcas imaginarias que ficam, que de tão fictícias se tornam reais demais, tem períodos em que as feridas fecham, todas uma por uma, mais daí vem mais um novo corte e abre todos os pontos das anteriores como se já não fosse ruim demais ter mais uma ferida nova, todas as outras tem que se manifestar como se fosse para me lembrar de que isso tudo é culpa dessa minha personalidade omissa, que não arma direito a sua auto-proteção como se toda a dor fosse o grito de alarme ecoando no meu peito, que diz pra eu voltar a mim, pra acordar para a realidade monótona que é a rotina de um dia a dia adolescente, como se nessa fase tudo fosse mais claro tudo fosse por sofrer apenas por alarde, ou desculpa pra poder dizer mais tarde que aconteceu tudo que estava previsto no script, no grande livro da sua vida, mais isso quem escreve é você e não é por ser pequeno o suficiente que tem que ter todas as dores no mundo nas costas, mude sua história sabe como?, tenha sempre em mente a celebre frase, O amor vai te foder um dia. Ela mudara a sua história, ela não vai ser igual a minha, uma alternativa pra não tornar a sua vida tão idiota quanto.

Bom Dia, Caos!

Acordei Para o Pesadelo.
E o Pesadelo Era a Tua Cara,
Pregada no espelho do banheiro.

Dia Amargo
O Café amargo.
O poema pregado na parede da consciência:
É proibido ser feliz?
É proibido ser?
É proibido?
É?

A cidade Desabou.
O poema atravessou sinais.
Olhou vitrines...
Não sei o que fazer.
Sinceramente.

Entro pelos sete buracos
Da tua cabeça
E mastigo a minha angústia
Com coca-cola & Ketchup

Caminhar.
Caminhar & Sonhar.
O tênis rangendo no asfalto da cidade.
A vida rangendo seus dentes enferrujados.
Caminhar
Caminhar & Sonhar
Gastar a sola dos sapatos
Dos Pés.
Gastar As Palavras.
Deus está atravessado na minha garganta.
O diabo é negro & quente
& tem os olhos brancos

A felicidade tem grades
Em todos os Buracos
A felicidade é o vôo do avião...

A lembrança dela
Pipoca dentro da minha cabeça
Feito uma britadeira
A lembrança dela é um pássaro
Fugindo em minha direção

Há homens mortos
Nas bibliotecas públicas
Garotos drogados nas esquinas
As pessoas me atropelam
Se atropelam
Preciso ir ao dentista
Ao bar.
Foder
Fazer um poema
Dois poemas
Três poemas
Fumar um cigarro
Amar o povo
Armar o povo
Preciso respirar
Ar.
Mar.
Preciso amar?
-Sartre, Karfka, Seus putos!

Depois de um dia inútil,
Voltas para casa.
Pela janela do ônibus
Podes te ver na multidão apressada?

O homem é um automóvel
O homem é um automóvel
O homem é um automóvel

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Gold Fish Memory

''Amarte, simplesmente, me basta hoje.
Mas não descansarei enquanto mão mais talentosa não tiver moldado meu barro parar ser mais digno do teu nome.
E se essa mão secreta não atingir a perfeição... na roda eterna, deve o meu amor fortalecer-se na chama e dar-me vida, forjado sobre o aço.
Pois quero te amar através das eras que célebres passam, até que se esgotem as areias de todas as ampulhetas.
Oh, prometida, como pude amaldiçoar meu destino e passar de sombra em sombra sem notar os sinais da aurora.''


Poema retirado do filme - Todas as Cores do Amor (Gold Fish Memory) Vale a pena assistir.

Recordações. Registros.

Sentada na cama inerte, escrevendo algo sobre mim, te espiava, delineava uma linha imaginária em torno de ti, sabia que não podias descrever o meu olhar e o que dele transmitia, mas deixei que você tentasse, quem sou eu para impedir um cérebro de funcionar, me parecias mecânica como se quisesse surpreender-me deixei que me perguntasse silenciosamente, por vezes até muda, vi estrelas girarem em torno de ti e me cobrirem também, e pela primeira vez me sentir enfim no céu de suas palavras, a seta apontada pra mim quis te chamar pra ver também, mas você cairá em sono profundo com a caneta que escrevias ainda na mão, espiei para ver o que tinhas escrito, mas hoje não me recordo bem às palavras, fechei a janela e abri bem os olhos para de novo observar o céu, o meu céu, mas seu do que meu, mas gostava de pensar assim, adormecida de inspiração na cama tu estavas, te observava mais eras linda dormindo como se nada mais existisse, fui ao teu encontro deitei-me na fresta que sobrava puxei você para mais perto de mim, te dei um beijo de respeito na testa, olhei o eu pensamento de ti flutuando em cima da minha cabeça. ‘‘Linda como se nada mais existisse”.
E por fim acordei suada e sorrindo, mas pensando seriamente. É não existiu.
 

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