sexta-feira, 29 de abril de 2011

O meio.

O começo.
Não é bem um começo, é uma extensão da história de uma menina qualquer a luz dos refletores mas olhando microscopicamente dentro de si própria os traços de marcas que existe são tão fortes como raízes fincadas no chão de um grande carvalho branco, de novo ela chora, as lágrimas quentes e grossas se estendem até ela pegar no sono, uma inquietação dentro de si há faz ficar assim com as compotas abertas deixando as águas quentes lavar todas as mágoas, e ela é assim uma menina magoada, frágil em seu interior mas um sorriso e uma felicidade inventada servindo de couraça, ela ainda continua a insistir dia após dia, ela já se perguntou tantas vezes porque, mas nunca soube responder e temo que nunca saberá realmente, ela só usa o pouquinho de amor e carinho que pode juntar como escudo, se não se estilharia em cacos de poeira colorida e deixaria aparecer a sua massa viscosa e frágil que é quem realmente é, por causa do seu escudo ela tem que vagar por ai, andarilha que sempre será em busca de amor, carinho, proteção e deixando de lado as ofensas, acúmulos exagerados que faz por sacrifício, ou por ser omissa, beirando as vezes a estupidez, por deixar ser nocauteada tantas vezes, sangrando, respingando e sujando todos de vermelho vivo, mas fingindo que está tudo bem, sorrindo com uma alegria amarela e estendendo a mão ao açoitador e lhe dizendo palavras confortadoras, evitando que é ela mesmo que precisa ser consolada, mas a menina é mal, internamente, o acumulo há fez grandes estragos e por sempre sentir dor e insônia seu rosto se contorce em uma careta malvada e em baixo dos seus olhos roxos formados pelas noites em que sua mente não há deixa dormir, quem diz que a sua vida é ruim, ela acha que não, que há várias outras vidas insuportáveis, e que o sei inferno particular não parece tão ruim comparado há muitos outros, as palavras de bondade ditas por tantos estranhos que a andarilha encontrou não adiantava muito no seu esforço de apaziguar a dor, mas as de maldade ditas por quem conhecia tão bem e representava tanto para ela lhe causavam fúria, fúria de furacões devastando cada órgão pulsante dentro de si, e com um tempo ela vai se tornar incapaz de falar, emudecerá para todos e para vida, e deixará que a sua voz passada ecoe pela sua eternidade, e quando todos não se lembrarem mais da sua voz, das suas palavras, ela olhará com tristeza mas não será capaz de falar novamente, pois terá esquecido como se fala ou como se expressa ou como se escreve, pois sua voz foi silenciada, sua palavras foram apagadas e suas expressões desfeitas, pelo tempo e a velhice da memória humana, pela morte do seu interior, morte da menina andarilha, pois sem todo dom que tivera um dia mudo, morto, perdido no espaço pensará consigo que ela também se perdeu nesse espaço todo de tempo, de dor e de busca, que ela almejava também mais que tristemente nunca encontrou.          

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