sábado, 28 de julho de 2012

Dias em que o sonho não vinha.

Era difícil acordar depois de uma noite mal dormida sozinha, levantar, fumar um cigarro, não comer nada, não ter vontade, olhar pra geladeira sempre fria de sabor, olhar para a família mais fria que a geladeira, se sentir sem importância. As vezes dá vontade de praguejar aos quatro ventos que a vida não é essa, que tá tudo errado, que o sonho não veio quando deitei, e não vem a dias, sinto isso, essa falta de sonhos, esses sonhos longe demais, inalcançados, inatingíveis, penso todas as palavras mais difíceis que a minha habilidade de leitora conseguiu absorver nos tantos livros que li, mas são poucas as traduções para esse sentimento que tinha pousado no meu ombro e insistia em formar casulo ali, logo quando andava tudo bem, entre mim e o tempo, entre mim e o sujeito mal vestido chamado amor, não, eu não deixaria virar a borboleta da tristeza, espantaria com afinco os pensamentos ruins, oras mas porque os sonhos custam a vir? Pensei em não dar importância, distanciar das vontades suprimidas, desse ser por isso essa falta de imagens distorcidas que no final, nem lembraria realmente se tinham aparecido no meu súbito inconsciente, esses desejos estranhos que tenho, não sou normal, penso com carinho que nasci na época errada, talvez no século errado, me sinto tão distante as vezes, tão diferente de tudo e de todos, é difícil se misturar assim, é difícil gostar das mesmas coisas que todos gostam, é difícil ter aprendido com a vida a me portar bem, a ser educada e gosto disso, não ser obrigada a agradecer a ninguém, mas saber que é o certo ajudar sempre, talvez a bailarina de porcelana que me tornará um dia quebre ao meio e saia de mim a grande máscara do século vinte e um que insisto em dizer que não enquadra bem no meu rosto pequeno, de leves linhas e da minha boca vermelha que o cigarro anda escurecendo, e os dedos pequenos que a nicotina já amarelaram, como folhas de todos os livros que insisto em gostar, diferente e alheia de tudo as vezes, tento conectar-me mas todas as minhas ações falham, não gosto do jeito que os garotos de hoje se matam, matam outros, se impõem, não sou assim, não vim pra isso, é uma passagem vaga demais pra ir perdendo o fio assim, e roer as beiradas para que se parta cedo demais, gosto de viver, aprendi a gostar, é a minha única chance de felicidade sabe? É a única maneira que conheço de deixar a minha marca, de contribuir para uma história tão bonita que ninguém mais tem coragem de ler, ficaram muito apressados as pessoas de hoje, quase não veem que o tempo requer lentidão de pequenos traços, de tons pastéis que todos dizem que anda clichê demais, será que estou quebrada, meio nostálgica, pensando no que deixei de fazer, nas coisas que tenho saudade e ah, são tantas essas saudades, se acumulam em todas as frestas de mim e escorrem das beiradas nesses dias assim, tão cinzas, tão fim de inverno, tão frias. Ando tentando em não mostrar a garota triste que sou, mas esses dias me deu vontade de dizer o quando ando fodida assim, tão sozinha, desejando querer estar, encontrar, para poder me sentir inteira e esses sonhos, ah esses sonhos que não vem nunca me deixam aflitas achando que o mundo é isso, um sonho que em um instante parou de vir, te abandona da única coisa que te serve de consolo ao abraçar o ursinho de pelúcia antes de dormir, porque a bailarina de porcelana que é a mim não cresceu ou queria não crescer nunca e anda cansada já, de dias cinzas, de vontades insaciadas, de desejos acumulados, de boca seca, de vontade de gosto, que nunca vinham e jogava em cima dos dias um filtro vintage, de um tom triste demais, e para não ser assim triste demais me encarrego de fazer um esforço e pensar em coisas boas antes de dormir para que o sonho enfim venha, para fazer adormecer a menina que espera tanto de tudo e só pede uma coisa em troca, que descomplique e embeleze esses dias tristes demais sem sonhos, com vontades, saudades e desejos, é só o que ela pediu e agora sonha sozinha, no sono profundo com tudo isso nas mãos.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Diário de motocicleta.

        A estrada era longa e sentíamos uma vontade de largar a bagagem no ponto de partida pra seguirmos mais leves, mas o coração e a mente conectados nos impedia, as duas meninas entre a coragem e o medo, se não entre a dúvida e a certeza, o amor fere. Quando uma era o corpo a que determinava a direção do rumo a outra pendia a cabeça pro lado e admirava a vista, tudo tão imenso e ao mesmo tempo tão vazio, só buzinas, cheiro de fumaça, gasolina e incerteza, parecia poético mas era trágico mesmo, não temeríamos a chegada, talvez só cansaríamos, mais a dor também é liberdade, não era nada demais, nada de errado, sujo, só era um escape, era a vida real cravando suas unhas fundo demais na alma, que tal sorrir um pouco em outra cidade? Era a proposta, Sim! Era a resposta e juntas eram um elo de cumplicidade e sinceridade, seguiriam para o fim e retornariam inteiras pro começo, o berço, pra dar a cara a tapa e deixar bater, era a conclusão de que no retorno nada mudaria, nada se tornaria mais bonito, era a monotonia de sempre, era corações gelados e cheios de sonhos desamarrados como balões a voar longe, tão longe de nós.
     A paisagem se seguia, a noite caia rápido e o escuro tomava conta, será que já era escuro os dias quando sorríamos de verdade? Ou só queríamos ver a luz? Pedras, morros, túneis, ecos de gritos que insistíamos em deixar emudecer, era chegada a hora de mudança, sabiam e mesmo assim seguiam, tinha muita estrada ainda. Quando não gritavam pra tentar conversar, ou tentavam fazer com que a música fosse mais alta que o barulho do motor, concentravam-se no rumo, ficavam caladas e entravam dentro das suas próprias cabeças, o que elas pensavam? Não sei, mas estavam juntas e conectavam-se, mesmo que não seja nas situações, mas no fato, a vida, que era a bagagem mais pesada que carregavam.
    Depois do cansaço vem a recompensa, mesmo sendo frio, acharam um porto seguro quente em pleno inverno, sorriram, foram felizes, acharam a cidade linda, as pessoas diferentes, tentaram adiar o quanto puderam a volta, mas o problemas estavam a sola dos sapatos como chiclete e já começava a grudar os passos, então deixaram o pedaço quente no inverno na cidade que encontraram e partiram, pra nunca mais voltar, ou voltar mas cientes de que a calmaria existe em toda tempestade e quem sabe a chuva e o frio pare e o sol venha reaquecer os sentimentos gelados, é chegado o fim do inverno, é chegado o começo de novas rotas e estradas e desejem-nas sorte e coragem, porque a estrada maior elas já traçam há muito tempo.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

É amor.

Chega a ser estranho hoje em dia pensar em mim e não pensar em você, chega até ser impossível porque ultimamente eu te prevejo com um -q de vidência né verdade? Eu sei o que você quer de mim o que você não quer, o que gosta e o que deixa de gostar. Sei que você gosta de ver as minhas caretas, sei que acha lindo o desenho que os meus olhos tem e sei que gosta de passar horas olhando pra eles, sei que gosta do meu sorriso, sei que gosta de me ver gordinha, comendo e que sabe que eu não sou nada saudável, sei que você gosta de espalhar que eu sou chata por implicância e que eu sou um amor de pessoa, e sei também que essa última frase é meio mentira, que eu sou chata, que eu implico como ninguém, que eu exijo a sua atenção sempre e que eu as vezes me posto como um bebê de colo só pra você me mimar bem muito e sei que você não me troca por ninguém.
Enfim isso tudo pra dizer que o amor que eu sinto por você é imenso, que mal cabe em mim menina pequena que sou, e que faço tudo pra que você nunca perca esse carinho desenfreado que você sente por mim e é recíproco, que eu nunca mais quero te ver chorar, porque sabe a manteiga derretida de nós duas sou eu, e que se depender dessa mulher aqui você só terá os melhores sentimentos que existe, amor, carinho, sinceridade, cumplicidade, lealdade, prazer e um pouquinho de sacanagem porque não? Eu sei que você gosta, serei sempre a mesma garota que você conheceu a anos e que hoje conseguiu com o seu suor e esforço torná-la sua, e não tenho vergonha de contar a quem quiser ouvir sou sua, é o seu número que eu ligo quando vou dormir e assim que acordo, é o seu nome que eu chamo quando tenho pesadelo ou quando as noites são frias e a carência me alcança, é o seu sorriso que eu quero ver sempre quando eu conto aquelas piadas sem graça e quando eu tenho aquele ciume meio comediante, afinal é você que eu sempre esperei e que eu tive a sorte de pegar o gps certo e encontrar, te amo por entre os limites do tempo, e nem ponteiros e nem areias marcarão o começo, meio e o que não vai ter fim da nossa história, queria te pedir obrigado pelo meu ontem que você estava presente, meu hoje que eu queria muito te ter e o meu amanhã que eu vou ansiar um beijo teu e é isso, o amor rejuvenesce heim? Tá ai por isso a minha eterna carinha de 15, te amo amor.


Porque hoje a gente faz 5 meses e fiz isso pra demonstrar o quanto te amo meu amor. 
E fim porque já tá brega demais. Minha Baby e pra vocês a eterna Ana <3
 

Entre, porta aberta. Template by Ipietoon Cute Blog Design

Blogger Templates