sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Remenber-me

Eu tenho em mim várias lembranças, que as vezes vai e volta como um iô-iô
na mão de uma criança, que nunca cansa de brincar elas vem em momentos diferentes e me invade de uma forma que fica difícil saber exatamente de quem, porque e qual é ela, tem momentos que elas vem todas de uma vez e como um sopro de uma ventania gelada me congela em algum momento esquecido da minha própria história, como um livro cujas páginas tem um tema exato pra me deixar no chão esquecida, eles tomam toda a minha atenção e quando volto a mim vejo a cena que vai repetir durante um tempo longo da minha vida, um cinzeiro, cigarro, fumaça e esquecimento como se diminuindo a minha saúde calasse a boca do meu pensamento tagarela, que se parece muito comigo, não paro de falar das coisas que me machucam como se assim eu me acostumasse melhor a dor e o torpor de ter que ver todas essas cenas ao vivo, faço uma piada qualquer, morro de rir por um instante e no próximo já estou submersa na minha própria reflexão. Não é fácil viver assim autoflageladamente, magoando machucado por machucado, hematoma por hematoma, são essas marcas imaginarias que ficam, que de tão fictícias se tornam reais demais, tem períodos em que as feridas fecham, todas uma por uma, mais daí vem mais um novo corte e abre todos os pontos das anteriores como se já não fosse ruim demais ter mais uma ferida nova, todas as outras tem que se manifestar como se fosse para me lembrar de que isso tudo é culpa dessa minha personalidade omissa, que não arma direito a sua auto-proteção como se toda a dor fosse o grito de alarme ecoando no meu peito, que diz pra eu voltar a mim, pra acordar para a realidade monótona que é a rotina de um dia a dia adolescente, como se nessa fase tudo fosse mais claro tudo fosse por sofrer apenas por alarde, ou desculpa pra poder dizer mais tarde que aconteceu tudo que estava previsto no script, no grande livro da sua vida, mais isso quem escreve é você e não é por ser pequeno o suficiente que tem que ter todas as dores no mundo nas costas, mude sua história sabe como?, tenha sempre em mente a celebre frase, O amor vai te foder um dia. Ela mudara a sua história, ela não vai ser igual a minha, uma alternativa pra não tornar a sua vida tão idiota quanto.

Bom Dia, Caos!

Acordei Para o Pesadelo.
E o Pesadelo Era a Tua Cara,
Pregada no espelho do banheiro.

Dia Amargo
O Café amargo.
O poema pregado na parede da consciência:
É proibido ser feliz?
É proibido ser?
É proibido?
É?

A cidade Desabou.
O poema atravessou sinais.
Olhou vitrines...
Não sei o que fazer.
Sinceramente.

Entro pelos sete buracos
Da tua cabeça
E mastigo a minha angústia
Com coca-cola & Ketchup

Caminhar.
Caminhar & Sonhar.
O tênis rangendo no asfalto da cidade.
A vida rangendo seus dentes enferrujados.
Caminhar
Caminhar & Sonhar
Gastar a sola dos sapatos
Dos Pés.
Gastar As Palavras.
Deus está atravessado na minha garganta.
O diabo é negro & quente
& tem os olhos brancos

A felicidade tem grades
Em todos os Buracos
A felicidade é o vôo do avião...

A lembrança dela
Pipoca dentro da minha cabeça
Feito uma britadeira
A lembrança dela é um pássaro
Fugindo em minha direção

Há homens mortos
Nas bibliotecas públicas
Garotos drogados nas esquinas
As pessoas me atropelam
Se atropelam
Preciso ir ao dentista
Ao bar.
Foder
Fazer um poema
Dois poemas
Três poemas
Fumar um cigarro
Amar o povo
Armar o povo
Preciso respirar
Ar.
Mar.
Preciso amar?
-Sartre, Karfka, Seus putos!

Depois de um dia inútil,
Voltas para casa.
Pela janela do ônibus
Podes te ver na multidão apressada?

O homem é um automóvel
O homem é um automóvel
O homem é um automóvel
 

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