terça-feira, 24 de agosto de 2010

O filme.

Muitas pessoas não têm noção de tempo e sentimento, ele lutando por um motivo de ainda respirar, ela querendo respirar todo o ar do mundo.
Ele andou por vários atalhos errados, mas ainda assim determinadamente quis procurar e permanecer no caminho certo, ela andou pelos, mas curtos e parou nos botecos das esquinas e becos mais sujos que conseguiu encontrar pelo caminho, mesmo assim eles se cruzaram, não me pergunte como! Isso não é uma história que criei, ela criou vida por si só.
Ele há queria, ela também o queria, mas ele já havia encontrado seu motivo de ainda respirar, ela só pensava enquanto ar ainda havia para respirar, mas antes que dobrasse a primeira esquina o motivo de ele andar mais devagar era ela, mesmo sendo até que o caminho certo dele apontasse no horizonte. Ela só queria o ar dele, mesmo tendo todas as placas de lugares a sua frente para respirar, então um beijo aconteceu.
Um motivo, um ar, era aquele momento ali.
Aperto o pause e volto mais de uma vez à mesma cena, para enxergar o que de familiar ela parecia, eu? Não me importo mais, não quero, mas ver cenas como aquela você andando pela passarela até o avião e eu no vidro da janela do aeroporto, você vira para ver se ainda continuo lá talvez a última chance, e eu querendo quebrar o vidro da janela e te mostrar que eu ainda estou aqui, onde provavelmente nunca sairei você olha mais uma vez e dá as costas, um adeus tão vago lágrimas tão grossas caíram e ainda sim sinto sua falta, e tudo que me sobrou foi a minha vida quebrada, seus livros e o filme dos dois estranhos se conhecendo enfrente a uma locadora e percebendo o quanto já sabíamos um do outro sem mesmo nos conhecer-mos, mas a história não precisa acabar assim não é? Precisamos de um final feliz, é só isso que posso dar-nos.
Ele foi atrás do seu motivo bem longe, porém sorrindo porque sabe que alguém vai lembrá-lo e que pessoas como ele que procuram um motivo para respirar, para continuarem vivos e nunca encontram, ele um homem de sorte achou dois, um para amar e outro para recordar em dias ociosos, ela sorria porque mesmo tendo todo o ar do mundo, o mundo sempre estaria ali para quem quiser respirá-lo mas o ar dele, daquele momento era só dela e isso ninguém a tomaria e nunca se tornaria vulgar por era raro e era dela, algo para sempre lembrar, ambos sorrindo e era um sorriso igual, pois ninguém poderia ser feliz mais que eles naquele momento.
O filme acaba créditos, tiro o filme do aparelho de DVD e me deito para dormir, sorrindo sabendo que aquele filme, aquele beijo, aquela história, ninguém vai assistir, sentir ou ler além de mim.

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