quarta-feira, 14 de agosto de 2013

É sonho ou vontade.

Era um bebê, poucos dias de vida sua visão do mundo ainda era turva, meio embaçada, já se achava uma menina muito corajosa, esticava o pescoço pra ver o rostos que há cuidavam, via dois rostos sempre, de duas mulheres que velavam o seu sono, adentravam madrugadas lhe dando de mamar, trocando fraldas ou simplesmente espiando as nuances do seu humor de bebê, sorriam a cada careta, bico, choro, faziam daquela criatura tão pequena o seu mais intimo tesouro.
Mais crescida porém ainda dotada do fascínio de bebê, com a visão sólida de que as duas mulheres eram suas mães, uma dotada de uma paciência, de uma suavidade de viver e a outra passava uma força, um equilíbrio e pensou o quanto era sortuda, sua cabeça de bebê era dotada de altos pensamentos mas elas não sabiam, pensava o quanto elas dividiam tarefas, perdiam sonos, mesmo exaustas celebravam cada novo acontecimento na vida desse bebê. As mães por sua vez, imaginavam mil e umas coisas pra menininha que com tanta expectativa conseguiram ter, mas eram mães diferentes, cabeças diferentes, uma pensava em levar a filha pro mundo do Peter Pan, de Harry Potter, de Katniss Eveerden, a outra queria que a filha fosse apenas ela mesma, com todos os defeitos e qualidades como ela mesmo era, queria que a filha aprendesse a ser livre como nunca jamais foi.
O bebê cresceu cheia de atenção, de sonhos, de liberdade, cheia de mães e esperando ver esse mundo grande e pesado que as mães disseram que encontraria.

Mamãe R. Repita de novo Clarice, o que você falou. Amor, vem ver Clarice falou a sua primeira palavra.
Mamãe C. E qual foi Clarice, repete pra gente ouvir.
Clarice. MA MÃE

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