segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Família todo mundo tem a sua.

Família é tudo aquilo que achamos um saco, quando temos 15 anos, mas que quando você cresce você percebe que é o principal suspeito de você ser aquilo que é, talvez não me entendam, mas no fundo percebem que o que mais você luta pra afastar é o que mais se aproxima de você.
A sua mãe que é uma chata se transforma numa pessoa que você simplesmente não consegue descrever, é como uma relação de lopping, as vezes desce, muito baixo e você fica diante daquelas situações onde qualquer coisa vira uma alergia, o modo como ela trata os outros e não você, o modo como você queria que ela te tratasse mas quando as sobe, sobe muito alto você percebe que tem um pedaço seu ali, você percebe pela primeira vez que os olhos da sua mãe é um pouco verde e porque você não puxou também, percebe que adora passar a tarde sentindo o vento e conversando qualquer frustração dela e que você não consegue ficar irritada pelo fato dela repetir tudo três vezes e que tem até os mesmos medos que ela, te torna mais humana e mais perto da eternidade.
O seu pai, que apesar de ser completamente retrogrado, não te deixar opinar porque como homem tem a imensa mania de sempre prever tudo, menos o número da loto acumulada, que é turrão e as vezes muito inconveniente, passa a ser com o olhar certo aquele homem que te dava banho metodicamente quando era pequena, a maneira como ele tinha um cuidado para não parecer insensato por você ser uma menina, aquele cuidado que só verdadeiros pais de meninas tem, a forma como você percebe que ele sempre deu o suor pelas mulheres, nós que ele criou com afinco e mimos, mimos esses que nunca eram o bastante, e percebe que até construir uma base de tijolos com ele é divertido, mas você nunca tinha se permitido.
Os suas irmãs, que por sermos meninas tínhamos aquela velha mania de sempre implicar umas com as outras, quando olhamos para trás ninguém diz que crescemos juntas, correndo feitos loucas, imaginando brincadeiras ou ajudando umas as outras, imaginávamos o nosso próprio parque de diversões, mas você só para pra imaginar como o universo infantil é mágico, quando estamos velhos demais pra ele, ai nos deparamos com personalidades totalmente diferentes, mulheres já, ainda temos a mania de implicância é claro, somos fortes e lutamos pelos nossos próprios ideais, mas isso nos torna mais fortes, independente de tudo.
Mas no final é isso que somos, é isso que sempre fomos, uma família, uma grande família que juntos brigamos, mas também juntos nunca esquecemos esse nosso jeito de sermos felizes.

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