sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Nunca foi minha, nunca foi embora.


Deixa colado na nuca esse último beijo, que eu preciso guardar como foto para mais tarde saber que esse beijo era meu, desfaz a cama, levanta assim, nua, linda, crua. Veste apenas esse sorriso bobo, que finjo que é meu. Não acredito em ti, no teu amor, na tua presença, mas te quero aqui, em mim e depois que esse tempo acabar, quero te ver passar sem me ver, quero lembrar dos teus traços e sentir saudades porque não são meus, você não é minha, mas que geme amor no meu ouvido, não é minha mas põe o dedo na minha boca para dormir, que não é minha mas enfia as unhas na minha curva só para espiar o arrepio, que não é minha, mas que está em cada fresta de mim.

Mulher que nunca foi minha, mas que nunca foi embora.


0 comentários:

Postar um comentário

 

Entre, porta aberta. Template by Ipietoon Cute Blog Design

Blogger Templates